A transição energética é um dos maiores desafios globais frente às mudanças climáticas, e exige muito mais do que simplesmente trocar fontes fósseis por renováveis. O avanço de tecnologias intermitentes como solar e eólica traz consigo a necessidade de soluções que garantam estabilidade e confiabilidade ao sistema elétrico. É aí que entram os sistemas de armazenamento de energia.

Baterias eletroquímicas, como as de íon-lítio e redox de vanádio, usinas hidrelétricas reversíveis, armazenamento térmico e sistemas híbridos com supercapacitores ou volantes de inércia, tornam possível gerenciar excedentes, regular a frequência da rede e aumentar a despachabilidade das fontes renováveis.
Além de descrever as principais tecnologias e seus desafios, o artigo destaca o potencial estratégico do Brasil na adoção dessas soluções, especialmente no uso de usinas hidrelétricas reversíveis.
Nosso comentário:
As mudanças climáticas suscitadas por ações antrópicas já causaram danos e perdas, em parte, irreversíveis aos ecossistemas, pois estes foram impactados além de sua capacidade de adaptação. Caso não sejam mitigados os impactos e reestruturados os sistemas produtivos, com foco na descarbonização, há consenso de que esse quadro tende a se agravar. Deste modo, são exigidas ações de rápida redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), considerando que a janela de oportunidade para garantir o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internacionais é cada vez mais estreita. Nesse contexto, e agravado pela crescente demanda energética propulsionada pelo crescimento populacional, industrialização e eletrificação do consumo, a transição energética tem se tornado mais necessária e estratégica. De maneira geral, o processo de transição energética consiste na substituição progressiva de fontes fósseis por alternativas renováveis, com o objetivo de reduzir as emissões dos GEE e, só assim, combater as mudanças climáticas.
Antonio Araújo da Silva
Leia o conteúdo completo no Portal de Energia da TATICCA e entenda como o armazenamento de energia pode se tornar o pilar da segurança energética no processo de descarbonização.