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Veja aqui as informações e notícias mais recentes sobre o setor elétrico. A curadoria do conteúdo é feita por nossos especialistas, considerando a importância do tema para o mercado.

BRR em Movimento: O Que o gestor de BRR Precisa Entregar ao Setor Elétrico

7/10/2025

Bruno S. Oliveira
Executivo em Base de Remuneração | Especialista em Geração de Ativos

Dentro da rotina de gestor de BRR estou liderando processos de BRR em diversos estágios, desde empresas no início de seus ciclos tarifários a empresas em etapa de desenvolvimento de Laudos para RTPs e nas últimas semanas, tive a oportunidade de reencontrar amigos e profissionais altamente qualificados, que atuam em diferentes esferas do setor elétrico — regulação, fiscalização, planejamento, consultoria e operação. São percepções acumuladas em décadas de experiência, e ainda assim com apetite para o debate, abertura para o novo e — principalmente — disposição para pensar o setor com profundidade e criticidade.

Essas conversas, ainda que dispersas, me levaram à uma reflexam: a necessidade de fortalecimento da liderança técnica como um vetor decisivo para a sustentabilidade regulatória da gestão dos ativos de uma concessionária de utilites. É nesse contexto que a gestão de ativos e a Base de Remuneração Regulatória (BRR) surgem não apenas como instrumento de cálculo, mas como ponto de conexão entre operação, estratégia e política pública.

Quero explorar neste post o papel da gestão de ativos e BRR como ponto central da engenharia regulatória do setor elétrico, evidenciar a importância de sua gestão contínua e qualificada, e destacar a responsabilidade institucional do gestor da BRR na interlocução com a alta administração das concessionárias. Não se trata apenas de seguir normas, mas de liderar com rigor, visão e propósito.

Sempre que começo um processo de RTP percebo sempre nas reuniões a presença daquele profissional que associa a BRR exclusivamente ao momento da Revisão Tarifária Periódica (RTP), como se seu produtivo se resumisse à produção de laudos, ao debate sobre índices de aproveitamento e à análise da aplicação do BPR do Valor Novo de Reposição (VNR). Na prática, a BRR é feita no dia a dia das concessionárias.

A cada adição ao Ativo Imobilizado da empresa — seja uma obra nova, uma melhoria ou mesmo uma substituição — representa uma oportunidade (e uma obrigação) de garantir que o bem será elegível à remuneração regulatória futura. Isso significa:

  • Rastreabilidade contábil;
  • Conciliação entre dados cadastrais e físicos;
  • Aderência ao disposto no submódulo 2.3 do PRORET;
  • Rigor na avaliação de obrigações especiais;
  • E alinhamento com os princípios do uso eficiente do capital.

Uma fraca governança da BRR resulta, inevitavelmente, em perda de valor. Ativos mal capitalizados, com baixa evidência física (Seja ela no razão de obras ou na BDGD) ou não adequadamente depreciados, são facilmente glosados ou penalizados na revisão tarifária. E isso impacta diretamente o retorno do capital investido — legítimo e necessário para a sustentabilidade do serviço.

A BRR, portanto, não é apenas contabilidade e obrigações regulatórias. É a gestão estratégica e inteligente de ativos. E essa gestão precisa ser contínua, criteriosa e orientada à preservação do valor econômico do serviço público prestado.

Agora considerando que a evolução e construção da BRR é contínua, sua defesa e atuação institucional também precisam ser permanentes. O gestor técnico de BRR não pode se resumir em suas planilhas, sistemas e processos. Ele deve estar inserido e atuante no fluxo decisório da concessionária, interagindo e apoiando com as áreas de planejamento, engenharia e, sobretudo, com a alta liderança.

É esse gestor que deve ter clareza para responder perguntas que vão muito além da metodologia:

  • Vale a pena investir em determinada ampliação da rede, considerando a taxa de remuneração regulatória vigente?
  • A alternativa de leasing de equipamentos compromete ou fortalece a formação da BRR?
  • A estruturação de um novo centro de operação será reconhecida na base? Como os custos de adaptação serão tratados?

O gestor de BRR, quando atuando neste enforque, precisa ter a capacidade de traduzir o regulatório em impacto econômico-financeiro. É o elo entre a linguagem do engenheiro, do contador e do diretor financeiro.

O líder técnico de BRR deve ser um conselheiro estratégico dentro da organização. Seu papel não se limita a “defender a base” na revisão — ele orienta investimentos, baliza decisões de capital e protege o retorno da concessão.

Essa atuação, para ser efetiva, precisa vir acompanhada de legitimidade institucional. E essa legitimidade não se conquista apenas por cargo ou função, mas pelo acúmulo de conhecimento, postura técnica firme e suporte organizacional.

A Base de Remuneração Regulatória é, silenciosamente, o ponto de sustentação de toda a lógica econômico-financeira da distribuição de energia elétrica no Brasil.

A BRR é a variável regulatória que, quando corretamente gerida, garante a atratividade de capital para o setor — pois assegura que, uma vez feito o investimento de forma adequada, ele será reconhecido e remunerado nos termos contratualmente previstos.

A ausência de foco em BRR — ou mesmo tratá-la como um detalhe técnico — é comprometer a viabilidade da distribuição de energia elétrica. É enfraquecer o sinal econômico dado ao investidor. É obscurecer a relação entre investimento e qualidade do serviço prestado.

Frente a todo esse panorama, quando falamos em liderança técnica, estamos falando em quem assume para si a responsabilidade de manter esse pilar firme. De fazer da BRR uma ferramenta de geração de valor, e não apenas de apuração regulatória.

As transformações do nosso setor não param: descentralização, digitalização, ESG, novos modelos de remuneração, totex e novas formas de prestação de serviço. Mas, no centro disso tudo, continua a existir a necessidade de reconhecer e remunerar adequadamente os ativos que sustentam essa transformação.

Por isso, este é um convite — não apenas à discussão técnica —à nossa responsabilidade institucional. Precisamos de mais profissionais com visão crítica, domínio regulatório e compromisso com a entrega. Profissionais que entendam que a liderança da BRR é, antes de tudo, um ato de serviço ao setor, à sociedade e ao futuro da energia no Brasil.

Fonte: https://brunosoliveira.blogspot.com/

FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA VOLTS BY CANALENERGIA – 176ª EDIÇÃO DE 16/09/2025

16/9/2025

EXCLUSIVO

A gestão de ativos desponta como um dos maiores desafios estratégicos para a transição energética brasileira. Isso atraiu a atenção da repórter Michele Rios a um mergulho nesse universo para elaborar a reportagem especial desta semana do CanalEnergia . Com uma infraestrutura que combina equipamentos de diversas gerações tecnológicas, o país busca modernizar, otimizar e expandir seu parque de geração e transmissão para garantir segurança energética e uma matriz mais limpa e renovável. A entrada acelerada de fontes intermitentes, como a solar e eólica, que já representam mais de 30% da matriz elétrica nacional, intensifica a necessidade de uma gestão eficaz. Tecnologias de digitalização, como Internet das Coisas (IoT) e análise preditiva, tornam-se essenciais para estender a vida útil dos equipamentos e reduzir custos. A coordenação entre operadores, reguladores e agentes torna-se essencial para investimentos eficientes, maximizando o aproveitamento dos ativos e preparando a infraestrutura para o futuro. É, enfim, leitura obrigatória para quem quer estar sempre por dentro do que de mais recente chama a atenção da “comunidade elétrica”

ECONOMIA

Não houve explicações por parte do ONS, mas vale informar que novos recordes de demanda foram registrados na semana passada no submercado Norte. De certa forma isso preocupa porque o LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência) só vai rolar em 2026. Em 11 de setembro houve pico de demanda média (9.028 MW med). No mesmo dia também aconteceu um recorde de demanda máxima (9.891 MW).  É torcer para isso não escalar demais.

A propósito do LRCAP, a Aneel aprovou regras de comercialização aplicáveis a contratos do certame. Houve a criação de um módulo que trata da Contratação de Reserva de Capacidade. A agência também homologou o módulo de Reajuste dos Parâmetros da Receita de CCEARs (Contratos de Comercialização de Energia Regulados). São mais peças agregadas ao quebra-cabeça que vem dominando debates entre os interessados.

Na CCEE enquanto isso, foi concluída a primeira liquidação do MCP (Mercado de Curto Prazo) após o controverso “leilão do GSF”. A operação de julho liquidou R$ 2,54 bilhões. Os valores represados caíram cerca de 72%. Passaram de R$ 1,09 bilhão em junho para R$ 310,46 milhões. Para providencial alívio aos agentes de mercado, esse valor é o menor desde 2015.

E a Iberdrola foi lá e comprou, por R$ 11,9 bi, a fatia da Previ na Neoenergia. Com essa aquisição, o grupo espanhol terá cerca de 83,8% do capital social da empresa. Esse movimento também liquidou o respectivo acordo de acionistas firmado em 2017.

Em tempo, para concluir a nossa ronda, a diretoria da Anel aprovou os termos do acordo para a transferência de controle da Amazonas Energia para a Âmbar Energia. O entendimento, costurado a partir de proposta apresentada pela empresa do Grupo J&F, envolve aporte de capital imediato de R$ 9,85 bilhões na distribuidora. Só falta agora a empresa bater o martelo.

POLÍTICA

O drama ainda está longe de terminar, mas uma decisão da Aneel praticamente firmou o epitáfio da Gold Energia. A agência revogou por unanimidade a autorização de operação da empresa, que deixou muita complicação pelo caminho ao longo de sua trajetória. Não deu outra. A medida foi motivada por grave inadimplência e descumprimento de contratos, com impacto tarifário até no ambiente regulado. Avaliação da CCEE apontou exposição negativa superior a R$ 220 milhões (maio–novembro de 2025) e risco de calote superior a R$ 1 bilhão. A Gold deixou de entregar energia a cooperativas (Cedrap e Coopernorte) e a distribuidoras, gerando custos no MCP. Ocorreu, além disso, rescisão unilateral de contratos sem autorização da Aneel e falta de apresentação de balanço patrimonial auditado. Outro problema é que houve acúmulo de penalidades não pagas (mais de R$ 2 milhões) o que a levou à situação de operação assistida e limitação de registro por parte da CCEE. A Aneel também autorizou a Procuradoria a avaliar ação civil pública e processo punitivo para responsabilizar sócios e administradores. Triste fim.

CONSUMO E COMPORTAMENTO

Há no Brasil cerca de 1,2 milhão de pessoas sem acesso regular à energia em áreas rurais e remotas e que sequer sabem por onde começar para pedir o serviço. Por isso, o governo federal anunciou o desenvolvimento de um aplicativo digital para o programa Luz para Todos , que deve facilitar o cadastro e acompanhamento das solicitações de atendimento em regiões como a Amazônia Legal, por exemplo.

Outra notícia boa é que o bônus de Itaipu ajudou no cálculo da inflação de agosto. O IPCA do mês passado recuou 0,11%. Foi no grupo Habitação, que abriga a despesa com energia, que o impacto foi bem significativo. Houve o menor resultado para o mês de agosto desde o Plano Real. Para se ter uma ideia, o peso da conta de luz caiu 4,21%. Anote aí porque é um fato histórico e deve demorar muito para acontecer de novo, tipo cometa de Halley.

CEMIG

Historicamente, a Cemig sempre foi muito ativa na captação de novos clientes para o mercado livre de energia. A carteira da empresa mineira acaba de ultrapassar a marca de 10 mil consumidores . Cálculos indicam que são mais de 7 mil unidades consumidoras no atacado e 3 mil no varejo, onde a companhia lidera o ranking com 192 contrapartes. Ou seja, está à frente da Matrix e Ultragaz.

GRUPO ENEL

O Grupo Enel segue colecionando antagonistas quando o assunto é distribuição de energia. Além do prefeito de São Paulo, que está no pé da filial local da empresa italiana, agora o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro entrou com ação pública. Pede que a Aneel reconsidere a decisão de recomendar à União a prorrogação da concessão da Enel Rio. O MP quer que a agência se abstenha de prorrogar o contrato e que a diretoria realize nova deliberação. A conferir.

LEILÃO DO GSF

Nesta terça-feira, 16 de setembro, a diretoria da Aneel vai decidir sobre a extensão das concessões das usinas vencedoras do leilão do GSF, um tema cercado de expectativa pelo mercado. O julgamento definirá prazos adicionais de exploração que variam de três a sete anos, conforme cálculo da CCEE, e pode encerrar meses de dúvidas sobre a legalidade da taxa de desconto aplicada no certame — questionada pelo diretor Fernando Mosna. A decisão será a primeira com o colegiado completo da agência, após as recentes nomeações, e é considerada fundamental para dar segurança jurídica ao setor.

O histórico do leilão do GSF reforça essa importância. Autorizado pela MP 1300 e realizado em 1º de agosto na plataforma da CCEE, o mecanismo negociou débitos de geradores que contestavam judicialmente o pagamento do risco hidrológico. Em troca, os compradores dos passivos obtiveram a extensão das outorgas das usinas. Oito dos 11 empreendimentos participantes saíram vencedores. A liquidação financeira ocorreu em 13 de agosto, garantindo a quitação parcial das dívidas, embora ainda reste cerca de R$ 300 milhões em aberto. Haja coração!

INTERLIGAÇÃO MANAUS BOA VISTA

Aconteceu na última quarta-feira, dia 10, com direito a uma performance incomum do presidente Lula. Ele literalmente ancorou a cerimônia que marcou o início de energização da Interligação Manaus-Boa Vista , colocando Roraima finalmente no mapa do SIN (Sistema Interligado Nacional). Também conhecida como “Linhão de Tucuruí”, a obra demorou quase 15 anos para ser concluída. A Transnorte Energia, consórcio formado pela Eletronorte e Alupar, enfrentou vários percalços ao longo desse período. A coisa pegou mesmo no licenciamento ambiental, mas no que se refere à componente indígena. Não foi fácil chegar num acordo com os Waimiri-Atroari. Depois veio a negociação com a Aneel para buscar uma atualização da RAP (Receita Anual Permitida). Ao final de tudo, pelo menos serão economizados R$ 540 milhões anuais na compra de combustíveis fósseis usados até então para alimentar várias usinas térmicas. Outro ponto positivo é que o novo linhão deve possibilitar no futuro a interligação com outros países da América do Sul, via Venezuela.

Fonte: VOLTS BY CANALENERGIA – 176ª EDIÇÃO DE 16/09/2025

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Resumo das Notícias de Hoje

15/9/2025

Dia 15 de setembro de 2025, segunda-feira

- OUTORGAS LEILÃO DO GSF (geração)

A diretoria da Aneel vai analisar, na próxima terça-feira, 16 de setembro, o processo de extensão de outorga das usinas vencedoras do leilão do GSF (fator que mede o risco hidrológico). Os empreendimentos terão prazos adicionais de exploração entre três e sete anos, segundo cálculo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

> Saiba mais na matéria “Aneel julga na terça extensão de outorgas do leilão do GSF”: https://bit.ly/47F1nxC

CARGA NO SIN (geração)

A carga no Sistema Interligado Nacional deve ter uma queda de 2,3%, indo a 79.403 MW med. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico e estão no Informe Programa Mensal da Operação. Na semana passada, havia expectativa de queda de 2%. O Sudeste/ Centro-Oeste é quem puxa o resultado negativo, com um recuo de 4,8%. De acordo com o ONS, os demais subsistemas têm alta na carga. No Sul, a variação será de 0,5%, enquanto no Nordeste, a carga sobe 1,4%. Já a região Norte terá elevação de 1,8%.

> Leia mais em “Sudeste puxa e carga no SIN deve cair 2,3% em setembro”: https://bit.ly/4mkzTRD

LUZ PARA TODOS (cop 30)

O governo federal anunciou o desenvolvimento de um aplicativo digital para o programa Luz para Todos. Conforme publicação, a cooperação técnica acontece entre os ministérios de Minas e Energia (MME) e o da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O objetivo é facilitar o cadastro e acompanhamento das solicitações de atendimento em regiões rurais e remotas da Amazônia Legal e outras áreas do país.

> Continue a leitura em “Governo anuncia plataforma para ajudar na expansão do Luz para Todos”: https://bit.ly/465FmXG

- EVENTOS (canalenergia)

Webinar ESS | Economia que gera valor: Eficiência Energética no Mercado Livre

Data: 24 de setembro

Local: Online via Zoom

Horário: 10h

Brazil Windpower

Data: 28-30 de outubro

Local: São Paulo Expo - SP

WhatsApp Silmara - https://api.whatsapp.com/send/?phone=5511989155084

WhatsApp Bruno - https://api.whatsavapp.com/send/?phone=5511932738511”

- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

Cemig passa a marca de 10 mil clientes no mercado livre: https://bit.ly/46DBAor

Companhia contabiliza mais de 7 mil unidades consumidoras no atacado e 3 mil no varejo, número que a coloca no topo do ranking.

Eletrobras prevê digitalização de subestações até 2027: https://bit.ly/48jQEZJ

Companhia está integrando tecnologias para implementação de gêmeos digitais em 269 ativos e no monitoramento de novos projetos. Investimento para conectividade em usinas é de R$ 110 milhões.”

Fonte: CanalEnergia

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FRASE DA SEMANA

15/9/2025

“Envelhece rapidamente o corpo fraco onde se debate uma alma poderosa. A vida é o equilíbrio de dois atores que vivem à custa um do outro.”

Autor: Camilo Castelo Branco

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PARA LER COM CALMA

13/9/2025

Para quem está na correria e não conseguiu acompanhar os assuntos dessa semana, aqui está um resumo:

*Geração*

- Aumento no Custo Marginal de Operação (CMO): CMO médio subiu pouco mais de R$ 22/MWh na semana iniciada em 6/09. https://bit.ly/4ndziBS

- Inclusão da MMGD no Curtailment: Oito entidades do setor elétrico pediram a inclusão da micro e minigeração distribuída (MMGD) nos cortes de geração (curtailment).  https://bit.ly/4nqmR5X

*Política e Regulação*

- Amazonas Energia: Aneel aprovou a transferência de controle da Amazonas Energia para a Âmbar (grupo J&F).

- Gold Comercializadora: Aneel revogou a autorização da Gold Comercializadora devido a inadimplência e descumprimento de contratos.  https://bit.ly/3IaHKTN

- Energia Nuclear: MME reforçou que o uso da tecnologia nuclear no Brasil é restrito a fins pacíficos, após declarações do ministro Alexandre Silveira sobre defesa.  https://bit.ly/4nrLRdg

- MP 1300 (Tarifa Social): Governo espera que o Congresso mantenha a ampliação da gratuidade da tarifa social. Votação foi adiada duas vezes na Câmara.  ttps://bit.ly/3Vch1sQ

*Outras notícias*

- Linhão de Tucuruí (LT Manaus-Boa Vista): Ibama emitiu Licença de Operação (LO) para o linhão que integra Roraima ao SIN.  https://bit.ly/3JSoElT

- Custos do Setor Elétrico: Subsídios e ineficiências somarão R$ 103,6 bilhões em 2025 (26% do total de R$ 395 bi).  https://bit.ly/4ghK3Ru

- Integração Energética: Lula defende maior conexão energética na América do Sul.  https://bit.ly/4gjVvvP

Fonte: CanalEnergia

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DO ELECTRA ENERGY/CLIPPING Ed. 18/2025 de 12/09/2025

12/9/2025

Câmara adia votação da MP do setor elétrico que prevê ampliação da tarifa social

A votação da Medida Provisória 1.300 foi adiada nesta quarta-feira (10), após o texto ser retirado da pauta do plenário da Câmara dos Deputados. A proposta garante gratuidade de até 80 kWh por mês para beneficiários do programa de Tarifa Social e, se aprovada, irá beneficiar cerca de 18 milhões de pessoas. A perspectiva, segundo parlamentares sinalizam nos bastidores, é que a matéria será analisada apenas na próxima terça-feira (16) nos plenários da Câmara e do Senado, às vésperas de a medida caducar.

Geração a partir de biomassa poderá ser de 5,9 GW médios em 2035

A capacidade de injeção de energia gerada por biomassa para o Sistema Interligado Nacional (SIN) poderá chegar a 5,9 GW médios em 2035, indica a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Atualmente, o montante está em 5,3 GW médios. Considerando também a produção utilizada para autoconsumo, a capacidade de geração da fonte atingiu 12,7 GW em julho. A EPE também calculou o potencial de produção de biogás e biometano a partir de biomassa, que pode sair de 5,5 bilhões de m³ em 2025 para 6,4 bilhões de m³ em 2035.

Lula defende integração energética ao inaugurar linhão de Roraima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a integração energética entre os países da América do Sul na cerimônia de início da energização do linhão Manaus – Boa Vista, que integra Roraima ao SIN. A Transnorte Energia, SPE entre a Eletrobras (51%) e Alupar (49%), é a responsável pela linha, que tem aproximadamente 725 km e recebeu investimentos de R$ 2,6 bilhões. O governo estima que a interligação vai permitir economia superior a R$ 600 milhões por ano.

IA pode ajudar na busca por energia limpa ilimitada, dizem cientistas

A fusão nuclear tem sido aclamada há décadas como uma fonte quase ilimitada de energia limpa, o que seria uma solução revolucionária para a crise climática. Mas os especialistas só conseguiram alcançar e sustentar a energia de fusão por alguns segundos, e muitos obstáculos permanecem, incluindo instabilidades no processo altamente complexo. Mas, no ano passado, pesquisadores da Universidade de Princeton encontraram uma maneira de usar a inteligência artificial para prever instabilidades potenciais no processo e evitar que aconteçam.

O desafio e o diferencial das pequenas hidrelétricas no mercado livre de energia

Em um cenário onde fontes como a solar e a eólica ganham destaque, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) enfrentam um desafio significativo: o custo de implantação superior ao de outras tecnologias. Esse fator, combinado a um modelo regulatório que não valoriza adequadamente os atributos de cada fonte, dificulta a expansão das PCHs no mercado livre, afirma Claudio Alves, presidente da Electra. Essas usinas se destacam por sua flexibilidade operativa e seu papel na geração de energia limpa e de baixo impacto ambiental. A capacidade de modulação, que permite concentrar a geração em momentos de preços mais altos, é um diferencial competitivo valioso, ressalta Álvaro Scarabelot, diretor comercial da empresa.

O setor elétrico sem ‘sistema imunológico’

Até o fim dos anos 1990, a oferta de energia no Brasil era quase 100% de hidrelétricas. Estávamos vulneráveis a uma única fonte, mas a coordenação aumentava a eficiência. Em 2025 a situação é diferente, e para melhor. A matriz elétrica é bem diversificada. Porém, é alta a probabilidade de blackouts. Estão presentes as condições que degradam a segurança do sistema. Há energia em excesso, só que num período fixo (entre 10 e 15 h). Temos, assim, três propriedades: rigidez do período, ascendência de uma fonte e restrição de coordenação que, unidas, formam a inflexibilidade. É aí que entram os custos ocultos, pois ninguém conhece a confiabilidade real.

Busca por redução na conta de luz acelera migração para o mercado livre

Em junho de 2025, números da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostravam que o mercado livre somava mais de 77 mil unidades consumidoras, um recorde na linha do tempo de migração para esse mercado. O montante é 57,7% maior que o de 12 meses atrás. Segundo Rodrigo Ferreira, presidente da Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica (Abraceel), a atual fase de crescimento do mercado livre apresenta características de “atacarejo”, por combinar características de atacado e varejo.

Geração solar nas empresas médias triplica

A perspectiva de reduzir a conta de luz acelerou nos últimos anos a instalação de sistemas solares em médias empresas com faturamento anual entre R$ 15 milhões e R$ 500 milhões. Projetos de geração própria no local da carga nessa faixa do mercado já somam 4,3 GW, segundo a Greener Consultoria. Até julho deste ano foram mais 569 MW instalados e a previsão é chegar a dezembro com cerca de 900 MW.

Geradores, consumidores e distribuidores pedem inclusão de MMGD no curtaiment

Associações que representam geradores, consumidores e distribuidores divulgaram uma nota conjunta pedindo medidas estruturais para enfrentar os cortes de geração de energia. As entidades afirmam que a expansão acelerada da micro e minigeração distribuída tem agravado o problema e defendem que esses sistemas também participem do rateio dos seus custos, seja por meio de cortes físicos ou mecanismos financeiros. As entidades pedem que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Executivo e o Legislativo “exerçam o protagonismo” que o momento exige, conduzindo o setor a soluções “sustentáveis, equilibradas e seguras”.

ONS estima reservatórios acima de 50% no final de setembro

O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) correspondente à semana operativa até 12 de setembro prevê nível de Energia Armazenada (EAR) acima de 50% em todos os subsistemas do país no final do mês. O subsistema Norte tem a melhor previsão e deverá chegar a 80,8%. Já a Energia Natural Afluente (ENA) estimada para o fim de setembro é inferior à média em todos os subsistemas, sendo que o Nordeste deve registrar 46% da Média de Longo Termo (MLT). Quanto à demanda de carga, os cenários indicam desaceleração de até 2% no SIN.

ONS recebeu 40 pedidos de conexão de data centers desde 2024, diz Rea

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recebeu 40 pedidos de instalações de data centers desde o ano passado. Desse total, 30 receberam parecer favorável para conexão, com uma demanda de cerca de 2,5 GW. Para o segundo semestre deste ano, estão em análise outras quatro solicitações que totalizam mais de 200 MW. As cargas têm representado um desafio para o operador.

Aneel busca equilíbrio e rapidez na solução do curtailment

Em reunião com representantes de associações e instituições, a Aneel pontuou convergências no âmbito do fechamento da terceira fase da Consulta Pública 45/2019, como a necessidade de encarar a problemática em agendas de curto e longo prazos, enfrentando a questão de forma conjuntural e estrutural. O entendimento é que, devido à natureza transversal, muitas causas ou repercussões em questão transcendem o objeto da CP, mas boa parte das soluções ainda está sob a jurisdição regulatória.

Ampliação da matriz elétrica em agosto é liderada por centrais eólicas e hidrelétricas

A potência de geração de energia elétrica no Brasil alcançou um acréscimo de 310 MW em agosto, totalizando 4,47 GW nos oito primeiros meses de 2025, segundo a Aneel. No acumulado do ano, 71 usinas começaram a operar comercialmente, incluindo 10 termelétricas, 32 eólicas e 18 plantas solares fotovoltaicas. Treze estados contaram com novas usinas em operação este ano, com destaque para o Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.

Fonte: ELECTRA ENERGY/CLIPPING Ed. 18/2025 de 12/09/2025

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ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica

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