Fepam emite licença de instalação para novo complexo eólico em Santa Vitória do Palmar
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) do Rio Grande do Sul emitiu a Licença de Instalação para o Complexo Eólico Electra Ventos do Sul, do Grupo Electra. O projeto será construído no município de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do Rio Grande do Sul. O empreendimento ocupará uma área de 2.240,56 hectares e será composto por cinco parques eólicos — Electra Ventos do Sul I, II, III, IV e V — somando uma potência instalada de 121,8 MW.
Cautela excessiva do CMSE pode adicionar até R$ 9,1 bilhões de custo ao consumidor de energia em 2026
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tem até 31 de julho para tomar uma decisão sobre a CRef (Curva Referencial de Armazenamento) e o par do CVaR (Conditioned Value at Risk), relativos às condições de risco do setor elétrico. Segundo nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o par atual do CVaR (15,40) apresenta um uso excessivo de geração térmica. Um par alternativo como o 15,30 indica redução no custo total de até R$ 9,1 bilhões, com impacto marginal na energia armazenada nos cenários mais críticos. Tais resultados reforçam a necessidade de se reavaliar a rigidez do critério de 90% de atendimento.
Consumidor vai pagar R$ 47 bi em subsídios na conta de energia
Os consumidores de energia elétrica vão arcar com R$ 46,8 bilhões em subsídios embutidos na conta de luz em 2025, conforme aprovado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O número foi definido a partir da aprovação do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para este ano. O impacto médio dos subsídios sobre as tarifas dos consumidores atendidos pelas distribuidoras de energia será de 3,85% nas regiões Norte e Nordeste e de 5,76% no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Crescimento da geração distribuída desacelera no primeiro semestre de 2025
A capacidade instalada de micro e minigeração distribuída (MMGD) cresceu 4,7 GW no Brasil nos primeiros seis meses de 2025, indicando uma desaceleração em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a modalidade avançou 5,1 GW, segundo a Aneel. Mesmo assim, a MMGD teve uma alta de 12,78%, alcançando 41,5 GW de capacidade ao todo. Como comparação, a capacidade total da modalidade está se aproximando do parque termelétrico do Brasil, que tem 48,9 GW de potência instalada.
Medida provisória tenta limitar impacto de subsídios ao setor energético na conta de luz
A Medida Provisória (MP) 1304/25 visa limitar o repasse de custos do setor de energia elétrica para o consumidor. Para isso, a MP propõe a substituição da geração de energia de usinas termelétricas por hidrelétricas e estabelece um teto para o financiamento de políticas públicas do setor que seriam custeadas pelo consumidor final. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida é uma resposta à derrubada de vetos presidenciais à Lei das Eólicas Offshore pelo Congresso Nacional. Ao derrubar o veto, o Congresso restabeleceu a contratação obrigatória de usinas termelétricas, o que, segundo o ministro, poderia gerar custos adicionais de até R$ 35 bilhões por ano.
Aneel adia decisão sobre leilão de PCHs previsto para agosto
A Aneel adiou a análise do edital do leilão de energia nova A-5, destinado à contratação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). O certame está previsto para o dia 22 de agosto, mas pode sofrer alterações por conta dos prazos legais. O diretor Fernando Mosna entendeu que a medida provisória 1.304/2025 pode afetar o arcabouço legal que prevê o leilão. O texto da MP revoga artigos da lei de privatização da Eletrobras e substitui a contratação obrigatória de termelétricas por 3 GW de PCHs, por meio de leilão de reserva.
Aneel aprova reajuste de 9,14% na receita das transmissoras
A Aneel aprovou um reajuste de 9,14% nas receitas a serem pagas às transmissoras de energia elétrica pelos serviços prestados no ciclo 2025-2026, superando os R$ 50 bilhões em arrecadação. Aos consumidores finais, o impacto médio nas tarifas será de 1,06%. A maior parte do aumento se deve ao reajuste previsto nos contratos e à expansão da rede com a entrada em operação de 15 novos contratos, além de reforços e melhorias autorizadas na infraestrutura de transmissão.
ONS prevê desaceleração da carga no SIN e no Sudeste/Centro-Oeste
O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) para a semana operativa até 18 de julho apresenta cenários de desaceleração da carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) e no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. Está estimada uma redução de 1,3% (74.805 MWmed) no Sistema Interligado Nacional (SIN) e de 3,4% (40.807 MWmed) no Sudeste/Centro-Oeste. As projeções de Energia Natural Afluente (ENA) ao final deste mês ficam abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todos os subsistemas exceto no Sul.
CCEE concluí com sucesso primeiras migrações ao mercado livre com modelo simplificado para o varejo
A CCEE concluiu com êxito os dois primeiros processos de migração de consumidores pelo novo modelo simplificado para o varejo. A solução, que utiliza tecnologias de APIs (Application Programming Interface) para facilitar e agilizar a entrada no mercado livre de energia, já demonstrou sua eficácia ao permitir que as empresas, localizadas no Acre e em São Paulo, concluíssem todas as etapas necessárias de forma prática, automatizada e segura. Ambos os clientes estarão oficialmente integrados ao ambiente livre a partir de 1º de janeiro de 2026. A expectativa é de que, com o modelo simplificado, o processo de migração para o varejo se torne ainda mais acessível, contribuindo para o crescimento sustentável do segmento.
Aos 30 anos, mercado livre de energia cresce e pode enfim ser acessível a todos os consumidores
O mercado livre de energia elétrica vivencia uma fase de crescimento inédita, liderada por consumidores de menor porte que foram autorizados em 2022 a escolher o fornecedor de energia a partir de janeiro de 2024. A boa notícia é que o futuro pode ser ainda mais promissor, já que a Medida Provisória 1.300, enviada ao Congresso Nacional em maio, prevê universalizar esse direito a todos as mais de 93 milhões de unidades consumidoras de energia – a partir de agosto de 2026 às industriais e comerciais e a partir de dezembro de 2027 às demais, incluindo residências. Em junho de 2025, números da CCEE mostram que o mercado livre de energia soma mais de 77 mil unidades consumidoras.”
Fonte: ELECTRA ENERGY/CLIPPING – edição 14/2025 de 18/07/2025