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Setor Elétrico

Veja aqui as informações e notícias mais recentes sobre o setor elétrico. A curadoria do conteúdo é feita por nossos especialistas, considerando a importância do tema para o mercado.

Importância da transmissão de energia para transição energética

30/7/2025

A transmissão de energia é um dos pilares invisíveis — mas absolutamente essencial — da transição energética. Nesta coluna, já abordamos inúmeras vezes os desafios operacionais da distribuição e geração de energia e os gargalos da integração das fontes renováveis intermitentes. Imagine o setor elétrico como um time de futebol, onde cada uma das fontes (solar, eólica, hídrica, biomassa e térmica), espalhadas por diferentes partes do campo, com diferentes funções (atributos energéticos) precisam se organizar e interagir ativamente. Seria o esquema tático, alguns mais conservadores (hidrotérmicos), outros mais arrojados (renováveis). Sem uma rede de transmissão robusta e muito bem coordenada, esse jogo não se desenvolve e a energia não chega aos espectadores certos — ou melhor, às casas, indústrias e cidades que precisam dela. Em um cenário de transição energética, a transmissão é crucial, justamente porque muitas usinas solares e eólicas estão localizadas em áreas remotas, longe dos grandes centros consumidores. A transmissão permite, portanto, a integração adequada destas fontes e levar essa energia limpa até onde ela é necessária. Para além disso, uma rede bem planejada e estruturada ajuda a equilibrar oferta e demanda (compatibilizando critérios de segurança e estabilidade do sistema), evitando apagões e desperdícios (o chamado curtailment1). Isso é ainda mais importante com fontes intermitentes como o sol2 e o vento. Sem capacidade de transmissão, muitos projetos de energia renovável ficaram engavetados. É o atual problema maior do nosso SIN. No Brasil, esse tema é especialmente relevante: cerca de 90% do território já está interligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), uma das maiores redes de transmissão do mundo. Isso coloca o país em posição estratégica para liderar uma transição energética justa, segura e inclusiva. O curtailment tem sua disposição regulatória dada pela REN ANEEL 1.030/20223 , que estabeleceu três condições para restrição da geração: • Indisponibilidade externa, como gargalos originados pela Rede Básica e Demais Instalações de Transmissão (DITs); • Atendimento a requisitos de confiabilidade elétrica, como a preservação da rede de transmissão; e • Razão energética, no cenário de descasamento entre a oferta e demanda de energia elétrica.

Em 2025, o problema do curtailment no Brasil continuou a crescer, refletindo o descompasso entre a expansão acelerada das fontes renováveis e a infraestrutura elétrica disponível para integrálas ao sistema. Segundo a ePowerBay4 , mais de 129 GWh de energia solar foram desperdiçados apenas em janeiro de 2025, concentrados em subestações como Janaúba 3 (77,5 GWh), Jaíba (31,9 GWh) e Sol do Sertão (20 GWh) — todas em Minas Gerais. Como solução para este problema, países investem em planejamento e novas tecnologias, visando essencialmente a eficiência e a redução de perdas. Linhas modernas e bem planejadas reduzem perdas de energia no caminho, tornando o sistema mais eficiente e sustentável. Falando em novas tecnologias, dois exemplos emblemáticos de infraestrutura de transmissão de altíssima tensão estão moldando a transição energética global. Na China, redes com tecnologia UHV (Ultra-High Voltage) são agora amplamente executadas dentro de um contexto de um “super grid” nacional, com destaque para a linha Changji–Guquan5 , que detém o recorde mundial: transmite 12 GW de energia em corrente contínua (UHVDC) a 1.100 kV, por uma distância de 3.293 km. Essas linhas conectam regiões remotas, ricas em energia renovável (como o noroeste), aos grandes centros urbanos no leste do país. A rede chinesa já conta com 31 linhas UHV em operação, combinando tecnologias de corrente alternada (UHVAC) e contínua (UHVDC), permitindo uma integração massiva de fontes renováveis e redução significativa de perdas na transmissão. Na Alemanha, o Projeto SuedLink6 é um dos maiores projetos de transmissão subterrânea em corrente contínua da Europa. Com 580 km de extensão e capacidade de 2 GW, ele conecta o norte da Alemanha (onde há grande geração eólica) ao sul industrializado, onde há maior demanda. Utiliza tecnologia HVDC ±525 kV com cabos de cobre de alta capacidade e isolamento em XLPE, garantindo eficiência e confiabilidade. Além de reduzir perdas, o Sued Link é essencial para integrar mais energia renovável à rede alemã e cumprir metas climáticas. Assim, fica um pouco mais claro entender que a infraestrutura de transmissão desempenha um papel crucial na jornada global de descarbonização e atingimento de metas de energias limpas; seja pelo aumento de investimentos, seja pelo maior planejamento no processo de integração de fontes renováveis.

Antonio Araújo da Silva

AS TARIFAS DE TRUMP E O TESTE DE FOGO DOS MERCADOS

18/7/2025

Donald Trump anunciou tarifas de até 50% sobre importações de diversos países, incluindo principais parceiros comerciais como Brasil e Japão. Essa decisão gerou uma reação imediata nos mercados financeiros. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, sofreu uma queda significativa de mais de 1% logo após o anúncio das tarifas. Por outro lado, os índices americanos, como o S&P 500 e o Nasdaq, inicialmente apresentaram perdas, mas rapidamente se recuperaram e atingiram máximas históricas, impulsionados por uma forte temporada de resultados corporativos positivos e uma resiliência do consumidor nos EUA.

O aumento das tarifas está criando um teste de resiliência nos mercados globais, especialmente para os países emergentes, como o Brasil. O Ibovespa continua a enfrentar um cenário desafiador, refletindo a preocupação dos investidores com o impacto das tarifas sobre as exportações brasileiras, principalmente no setor de commodities. Além disso, a desvalorização do real, com uma queda de 28,4% frente ao dólar, agrava ainda mais o cenário para o mercado local.

Índices americanos seguem em alta: os índices S&P 500 e Nasdaq voltaram a atingir máximas históricas, impulsionados por bons resultados corporativos e recuperação do consumo interno nos EUA. O S&P 500 fechou em um novo recorde, subindo 0,54%, para 6.297,36 pontos.

Impacto no Brasil: o Ibovespa segue com queda acumulada de 2,3% no mês, afetado pelas tarifas sobre setores como energia, agricultura e manufatura, com empresas como Petrobras, Vale e Embraer sofrendo perdas. A incerteza sobre as exportações brasileiras para os EUA pesa nos investidores.

Desaceleração global: o Goldman Sachs prevê que as tarifas podem reduzir o crescimento global em até 0,4% em 2025, com retaliações comerciais e desvalorização das moedas impactando negativamente o comércio mundial.

Inflação nos EUA: o JPMorgan alerta que as tarifas podem reduzir o PIB dos EUA em 1 ponto percentual, com aumento de 2% na inflação, afetando o poder de compra dos consumidores, especialmente em setores como vestuário, calçados, móveis e eletrônicos.

Testes adicionais em agosto: o impacto total será sentido após a implementação das tarifas adicionais previstas para 1º de agosto, o que pode intensificar a desaceleração do crescimento da renda disponível e afetar ainda mais o consumo.

Fonte: Desperta | exame

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CREF – (geração)

18/7/2025

Comentários do Sorge

“Gostaria de fazer comentários sobre as notícias de hoje, sempre muito bem expostas pela Isa. O tema da definição dos parâmetros de aversão ao risco nos modelos de formação de preços é muito relevante para os agentes e para os consumidores. O Alexandre da Abraceel expõe de forma didática, no artigo publicado no Portal, que o par (15;30) e CREF 85% diminuem o custo para o consumidor sem perda da segurança. É uma definição que deve ocorrer em breve e merece a atenção dos agentes e das associações envolvidas com o assunto.”

Fonte: Canal Energia

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APRESENTAÇÃO FEITA PELO GRUPO EQUATORIAL NO WEBINAR GESEL – TARIFA SOCIAL DA MP 1.300 MME – 30/06/2025

17/7/2025

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Resumo das Notícias de Hoje

17/7/2025

- CREF (geração)

A definição de novos parâmetros de aversão ao risco nos modelos computacionais do setor elétrico pode adicionar R$ 9 bilhões de custos ao consumidor de energia em 2026. A afirmação da Abraceel reforça a necessidade de reavaliar a rigidez do critério de 90% de atendimento da CRef (Curva Referencial de Armazenamento), considerando os ganhos econômicos expressivos e o não comprometimento da segurança operativa.

> Saiba mais na matéria “Definição do CMSE poderá adicionar R$ 9 bi na conta de luz”: https://bit.ly/46foQ7Z

- LEILÃO A-5 (expansão)

A diretoria da Aneel retirou da pauta da reunião de diretoria da última terça-feira, 16 de julho, o processo do edital do Leilão de Energia Nova A-5, para avaliar a revogação do artigo 21 da lei da Eletrobras pela MP 1304. A medida provisória publicada na sexta-feira, 11 de julho, excluiu o dispositivo que estabelecia a contratação obrigatória de Pequenas Centrais Hidrelétricas em leilões A-5 e A-6, utilizando o preço teto do leilão A-5 de 2019.

> Continue a leitura na notícia “Aneel retira leilão A-5 de pauta para avaliar MP 1304”: https://bit.ly/4lZrMKk

- PAINÉIS SOLARES (negócios e empresas)

Análises feitas pela TÜV Rheinland identificaram que a maioria dos painéis solares testados em 2024 apresentou potência inferior à declarada pelos fabricantes. Os dados resultam de análises conduzidas em equipamentos com diferentes tecnologias, testados em laboratórios na Ásia e na Europa.

> Leia mais em “Estudo aponta que painéis entregam menos potência do que a declarada”: https://bit.ly/4kFVYcn”

- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

Fiesp destaca reorganização do setor elétrico na MP 1304: https://bit.ly/3IzeRjU

“Visão da entidade é de que medida corrige distorções que oneram o setor produtivo e estabelece ainda regulação para venda do gás da PPSA a preços competitivos”.

EDP assina renovação da concessão no Espírito Santo: https://bit.ly/3GEzjiR

“Empresa planeja aplicar R$ 5 bilhões no estado até 2030, ampliando em 40% o volume de investimentos para qualidade do serviço e expansão da rede”.

Neoenergia firma acordo com a Nexus para autoprodução de energia eólica: https://bit.ly/44Anrrj

“Operação envolve a venda de 6,87% do capital social da Canoas 3 Energia Renovável, parte do complexo eólico Chafariz”,”

Fonte: CanalEnergia

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Resumo das Notícias de Hoje

16/7/2025

- ORÇAMENTO PARA CDE (distribuição)

A Aneel aprovou o orçamento anual da Conta de Desenvolvimento Energético, que será de R$ 49,2 bilhões em 2025. Desse total, R$ 46,9 bilhões vão ser custeados pelos consumidores, por meio de cotas a serem pagas ao longo do ano. O valor inclui parte dos impactos da Medida Provisória 1300.

> Saiba mais na notícia “Aneel aprova orçamento de R$ 49,2 bi para a CDE”: https://bit.ly/4kIJPDw

- INDICAÇÕES ANEEL (política)

Foram publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira, 15 de julho, os despachos assinados pelo presidente Lula com os nomes de Gentil Nogueira de Sá Júnior e Willamy Moreira Frota para integrarem a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica. Nogueira deverá ocupar a vaga de Ricardo Tili, que deixou a agência em maio desse ano. Já Frota entra no lugar de Helvio Guerra, cujo mandato se encerrou no ano passado.

> Leia em “Governo indica Gentil Nogueira e Willamy Frota para Aneel”: https://bit.ly/3Gr7cUk

- RECEITA DE TRANSMISSÃO (operação)

A Receita Anual Permitida do sistema de transmissão terá aumento de 9,14% nos próximos 12 meses, com efeito médio para o consumidor do mercado regulado de 1,06%. O índice foi aprovado pela Aneel nesta terça-feira, 15 de julho, com aplicação a partir do dia 1º.

> Continue a leitura na matéria “Receita de transmissão terá aumento de 9,14% nos próximos 12 meses”: https://bit.ly/4lzXqhV”

- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

“Reserva técnica de R$ 360 mi vai reduzir bônus de Itaipu em 2025: https://bit.ly/4lW93PM

“Novo fundo criado por decreto será abatido do saldo positivo de R$ 1,2 bilhão da conta da usina em 2024, reduzindo para R$ 883 milhões o bônus a ser repassado ao consumidor”.

Shell Energy entra no trade de biometano e estuda baterias: https://bit.ly/4nQsb3x

“CEO afirma que analisa novas possibilidades enquanto empresa segue seu plano de conquistar novos clientes através da integração das comodities de energia e gás, como no caso da UTE Marlim Azul”>

Aurora Energy indica ações para acelerar descarbonização no Brasil: https://bit.ly/3GLCp4B

“Relatórios sugere Gerenciamento do curtailment, marco para REDs, Mercado de Serviços Ancilares e regras para baterias estão entre as sugestões”.”

Fonte: CanalEnergia

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Credenciada na Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para trabalhos de apoio ao órgão regulador

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