“- Copel vende R$ 450milhões em 13 pequenas usinas para o Grupo Electra
A Copel vendeu um lote de ativos de geração de energia por R$ 450,5 milhões para o Grupo Electra. Segundo Diogo Mac Cord, vice-presidente de Estratégia, Novos Negócios e Transformação Digital da Copel, com a transação, a empresa concentrará esforços nas grandes usinas. De acordo com Claudio Alves, presidente do Grupo Electra, a carteira em PCHs quase dobra agora, de 13 para 24, e a empresa passa a figurar entre as dez maiores do segmento. 73% do funding veio da Jive Mauá, por meio da emissão de debêntures da Electra a serem adquiridas pelos fundos de infraestrutura e de crédito da gestora.
- CMSE aprova curvas de referência de armazenamento para 2025
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou, nesta semana, as Curvas Referenciais de Armazenamento (CREF) para 2025, atualizando ferramenta estratégica para a gestão do Sistema Interligado Nacional (SIN). A deliberação visa aprimorar a capacidade de acompanhamento das condições de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas, possibilitando a identificação ágil de situações que exijam medidas excepcionais. As CREF variam conforme a criticidade do armazenamento, e indicam montantes de geração termelétrica para garantia do suprimento de energia elétrica mesmo em condições hidro meteorológicas adversas.
- Carga do SIN deve ter aumento médio de 3,3 entre 2025 e 2029
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram que a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ter uma expansão média anual de 3,3%de 2025 a 2029. Para este ano, os estudos apontam um crescimento de 5,3% em relação a 2023, com o resultado chegando a 79.899 MW médio no final do ano. As análises consideram a Micro e Mini geração Distribuída e a integração de Roraima ao SIN em fevereiro de 2026.
- Aneel aprova regras para comercialização em 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta semana, a proposta para as regras de comercialização de 2025. A proposta, que entra em vigor em janeiro, traz aperfeiçoamentos nos módulos decorrentes de leilões de energia nova e de energia existente e a retirada do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) na valoração de penalidade por insuficiência de lastro. Outras mudanças são adequações em decorrência da Resolução 1.067/2023, e alteração da metodologia de cálculo do Custo Variável Unitário Estrutural.
- Monitoramento prudencial foi eficaz, aponta CCEE
O monitoramento prudencial no período sombra foi eficaz para a mitigação de riscos no setor e ajudou a promover a transparência do ambiente de negociações, na avaliação da CCEE. Agora, a Aneel abrirá um processo para a implementação definitiva do modelo, que propõe que geradores, comercializadores e consumidores se comprometam com o envio periódico do seu Fator de Alavancagem, que mostra a exposição das empresas a riscos no mercado.
- Migração de consumidor varejista deve aumentar carga na ponta noturna
A migração de consumidores de média e alta tensão ao mercado livre deve estimular a carga no horário de ponta noturno, segundo análise feita pelo ONS, EPE e CCEE. Isto ocorre porque, no mercado livre, os consumidores podem usar energia incentivada, se beneficiando do desconto na tarifa de uso do sistema de distribuição (Tusd). No mercado cativo, podem optar por modalidades tarifárias (azul ou verde) que apresentam sinal tarifário de maior custo no período de ponta noturno, reduzindo, assim, o consumo.
- Mercado livre puxa expansão da geração e muda perfil de leilão
Entre as usinas queentraram em operação comercial no Brasil em 2024, 84% foram destinadas aoambiente de contratação livre (ACL), segundo dados da Aneel. Os números apontamque 299 usinas começaram a operar este ano (a maioria solares e eólicas), dasquais 251 (com 8,5 GW de capacidade) têm foco no mercado livre. Estudo daAssociação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel)mostra que os projetos previstos para entrar em operação até 2030 têm umaparticipação de 93% de empreendimentos para comercialização no mercado livre.
- Resolução da ANApossibilita melhorias para reservatórios no período úmido
Novas resoluções da Agência Nacional de Águas e Saneamento devem ajudar a acelerar a recuperação dos reservatórios de cabeceira dos rios Grande e Paranaíba, com destaque para as UHEs Furnas e Emborcação. As medidas impõem restrições à vazão no início do período úmido. Simulações realizadas pelo ONS indicam que as defluências máximas médias mensais ficarão em 500m³/s e 140m³/s, respectivamente, o que corresponde a cerca de 35% e 14% de suas respectivas capacidades máximas de turbinamento. A resolução também abrange as UHEs Mascarenhas de Moraes e Itumbiara.
- Aneel deve proporsolução para cortes de geração no primeiro semestre de 2025, diz diretor-geral
O diretor-geral daAneel, Sandoval Feitosa, disse que a agência deve propor, no primeiro semestrede 2025, soluções para os cortes de geração. A expectativa é que o problema docurtailment seja revertido antes da próxima “safra dos ventos”. “É importanteque as empresas e as associações temáticas entendam que a Aneel está fazendo osseus maiores esforços. O que a gente não pode, de maneira alguma, é buscar asolução mais fácil, que é simplesmente imputar esse custo ao consumidor deenergia elétrica”, disse.
- Chuvas no verão devem garantir recuperação dos reservatórios, prevê Climatempo
A previsão da Clima tempo é que os níveis de armazenamento dos reservatórios hidroelétricos se mantenham acima dos 70% no Sudeste/Centro-Oeste, com as precipitações intensas e frequentes de outubro e novembro na bacia hidrográfica do rio Paraná devendo permanecer acima da média nos meses de verão. A configuração positiva do período úmido, elevando os níveis hídricos, possibilitou uma redução no preço da energia, do teto ao patamar mínimo, em curto espaço de tempo
- PL da abertura do mercado deve ficar para fevereiro, estima Abraceel
A Abraceel acredita que o projeto de lei para a abertura do mercado deverá ser apresentado pelo governo a partir de fevereiro. Esse horizonte deve-se à proximidade do fim de mandato dos atuais presidentes da Câmara e do Senado. A expectativa é de que o texto seja simples e sem detalhamentos sobre o processo. Entre os pontos de atenção que precisam ser endereçados está a questão de subsídios e outros custos que ficam para os consumidores pagarem.”
Fonte: Electra Clipping– Edição 25/24 de 06/12/2024