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Setor Elétrico

Veja aqui as informações e notícias mais recentes sobre o setor elétrico. A curadoria do conteúdo é feita por nossos especialistas, considerando a importância do tema para o mercado.

O PAPEL DOS SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

20/8/2025

Autores:
Nivalde de Castro
Igor Barreto Julião

GESEL

As mudanças climáticas suscitadas por ações antrópicas já causaram danos e perdas, em parte, irreversíveis aos ecossistemas, pois estes foram impactados além de sua capacidade de adaptação. Caso não sejam mitigados os impactos e reestruturados os sistemas produtivos, com foco na descarbonização, há consenso de que esse quadro tende a se agravar. Deste modo, são exigidas ações de rápida redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), considerando que a janela de oportunidade para garantir o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internacionais é cada vez mais estreita. Nesse contexto, e agravado pela crescente demanda energética propulsionada pelo crescimento populacional, industrialização e eletrificação do consumo, a transição energética tem se tornado mais necessária e estratégica. De maneira geral, o processo de transição energética consiste na substituição progressiva de fontes fósseis por alternativas renováveis, com o objetivo de reduzir as emissões dos GEE e, só assim, combater as mudanças climáticas. Entretanto, esse processo demanda transformações estruturais em toda a cadeia energética e econômica, desde a forma de gerar e distribuir energia até os padrões das cadeias produtivas e de consumo lato sensu. Como ilustrado na Figura 1, a oferta global de eletricidade renovável vem crescendo constantemente, a fim de atender o crescimento de demanda e, em paralelo, reduzir as emissões de GEE. Todavia, a adoção em larga escala dessas novas tecnologias, notadamente das energias eólica e solar, está acompanhada de ingentes desafios, além das questões relacionadas às novas infraestruturas.

1Artigo publicado no Broadcast Energia. Disponível em: ttps://energia.aebroadcast.com.br/tabs/news/747/53186394. Acesso em: 13 de ago. 2025. 2Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador-Geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ). 3Pesquisador Associado do GESEL-UFRJ. Figura 1: Geração global de eletricidade por tipo: 2000-2030. (em TWh) Fonte: IEA (2024).

Em escala mundial, as principais fontes de energia que cresceram nos últimos anos foram as energias solar fotovoltaica e eólica, que detêm como uma das suas principais características a intermitência na geração. Dessa maneira, essas fontes de energia apresentam problemas de "despachabilidade", uma vez que sua potência não pode ser controlada e modulada para atender às necessidades da demanda de energia elétrica, que é, de fato, a variável independente do modelo. Assim, no cenário exposto da transição energética, no qual o sistema elétrico avança cada vez mais em investimentos com base nessas tecnologias, em especial na fonte solar fotovoltaica por conta dos custos supercompetitivos, questiona-se como solucionar os desafios relacionados à sua intermitência. A solução crescente que muitos países vêm adotando é a utilização dos sistemas de armazenamento de energia. Como o nome sugere, esses sistemas são diferentes tecnologias que utilizam mecanismos eletroquímicos, mecânicos, térmicos, entre outros, para armazenar energia. Atualmente, o principal representante dos sistemas de armazenamento são os sistemas eletroquímicos, utilizando baterias. Os Sistemas de Armazenamento de Energia por Baterias (no inglês, Battery Energy Storage System, ou BESS) armazenam energia elétrica sob a forma de energia química para posteriormente reconvertê-la em eletricidade quando necessário. Os BESS são modulares, uma vez que são formados por células eletroquímicas individuais, interconectadas em módulos e packs, que possibilitam atender aos requisitos específicos de tensão e capacidade do sistema elétrico. Ademais, os sistemas de baterias melhoram a eficiência, a resiliência e a sustentabilidade do sistema elétrico, oferecendo controle rápido de potência ativa e reativa em grandes quantidades e sem restrições geográficas. Como ilustra a Figura 2, diferentes tecnologias de baterias podem ser aplicadas para esse fim, entretanto grande parte do mercado é dominado pela tecnologia de íon-lítio devido à sua alta densidade de energia, eficiência, escalabilidade, flexibilidade operacional e, obviamente, custos decrescentes por conta da escalabilidade industrial, comandada pela dinâmica economia chinesa. Apesar de amplamente adotada, essa tecnologia apresenta desafios relativos à operação em altas temperaturas, inclusive com riscos de incêndio, o que demanda um sistema de controle contra superaquecimento. Outras tecnologias também merecem destaque, como as baterias de chumbo-ácido, de íon-sódio e de fluxo redox.

As baterias de chumbo-ácido, por exemplo, são as tecnologias mais maduras dentre as demais, possuem uma eficiência moderada, utilizam eletrólitos corrosivos e apresentam um impacto ambiental considerável devido à sua composição. Todavia, permanecem viáveis em contextos em que o custo é um fator crítico e o espaço não é uma limitação. Em contrapartida, as baterias de íon-sódio são uma alternativa promissora ao lítio devido à grande abundância e baixo custo do sódio, sendo consideradas ainda opções mais sustentáveis. Contudo, enfrentam desafios significativos em relação à densidade de energia e à estabilidade dos eletrólitos, estando ainda em estágio de desenvolvimento. Por fim, além dessas baterias convencionais, as baterias de fluxo redox também vêm ganhando espaço. Diferentemente das tecnologias citadas anteriormente, esse tipo de conversor eletroquímico apresenta um esquema de armazenamento externo, com a separação física dos eletrólitos (em dois tanques) e da célula eletroquímica. Essa configuração confere uma grande modularidade e escalabilidade à bateria. Essa tecnologia ainda é relativamente recente, mas já apresenta grande perspectivas de crescimento nos próximos anos, em especial pelos investimentos que a China está realizando através da construção de cadeia produtiva, no duplo movimento de atender demanda interna para firmar a segurança e flexibilidade do crescimento das fontes renováveis não despacháveis, bem como para exportação. De maneira similar às baterias convencionais, as baterias de fluxo redox possuem diferentes composições, porém o tipo com maior grau de maturidade são as baterias de fluxo redox de vanádio (VRFBs). As VRFBs são estáveis, não-inflamáveis, com operação otimizada em temperaturas na faixa de 20-35°C, porém apresentam densidade energética inferior às baterias de íon-lítio. Além das tecnologias de armazenamento eletroquímico, outros sistemas são importantes e interessantes. Nesta direção, merece destaque especial os sistemas de armazenamento de energia mecânica das Usinas Hidrelétricas Reversíveis (UHRs), também denominados de Sistema de Armazenamento Hidrelétrico por Bombeamento. Esses sistemas convertem a energia elétrica excedente em energia potencial gravitacional ao bombear água de um reservatório inferior para um superior e, quando necessário, a água é liberada acionando as turbinas e gerando energia como em usinas hidrelétricas convencionais. Nesse tipo de armazenamento, o Brasil detém um potencial de crescimento muito grande e promissor, já que a base do sistema elétrico brasileiro é de usinas hidrelétricas, condição essencial para esta tecnologia, que são interligadas a um dos maiores sistemas de rede de transmissão mundial. As tecnologias de armazenamento aqui apresentadas são maduras e já possuem diversas aplicações reais no mundo, com foco na estabilização da rede, nos serviços ancilares, como regulação de frequência, reserva giratória e suporte de tensão, e na gestão hídrica.

Suas principais vantagens estão associadas à integração de fontes intermitentes no sistema elétrico, permitindo o aproveitamento de excedentes elétricos para o bombeamento e armazenamento, à alta eficiência e à resposta rápida, de modo a conferir maior despachabilidade ao sistema, e a baixos custos de operação, apesar dos altos CAPEX e tempo de construção. Contudo, mesmo já existindo diferentes sistemas passíveis de aplicação, como o armazenamento térmico com as baterias termoquímicas, os sistemas de sal fundido e o armazenamento subterrâneo de calor, a depender de características locais, é necessário destacar os chamados Sistemas Híbridos de Armazenamento de Energia. Esses sistemas são soluções que combinam diferentes tipos de dispositivos de armazenamento de energia, permitindo atender a requisitos de projeto que uma tecnologia isolada não conseguiria, como a otimização de parâmetros técnico-econômicos (massa, potência, energia armazenada e custo), a melhoria da eficiência e vida útil dos componentes. Dentre as possíveis combinações, duas tecnologias ganham proeminência: os supercapacitores e os volantes de inércia (flywheel). Ambas as tecnologias são mais adequadas para aplicações que exigem picos de potência, suavização de flutuações e recuperação de energia. Esses sistemas conferem respostas de curta duração, atendendo às demandas de potência, enquanto sistemas de baterias atuam no armazenamento de energia de longo prazo. De maneira geral, esses sistemas possibilitam otimizar o desempenho e prolongam a vida útil das baterias, assim como oferecem serviços ancilares relativos à qualidade da energia, porém apresentam altos custos de CAPEX. Portanto, e a título de conclusão deste pequeno, objetivo e didático artigo, garantir um futuro energético sustentável exige mais do que ampliar a geração renovável, requerendo, cada vez mais, torná-la estável, confiável e despachável. Nesse contexto, os sistemas de armazenamento são o elo vital e a variável de ajuste entre a intermitência das fontes solar e eólica e a segurança do suprimento elétrico. Ao combinar diferentes tecnologias e integrá-las de forma inteligente à rede, é possível transformar o desafio da variabilidade em uma oportunidade para acelerar a descarbonização e fortalecer a resiliência dos sistemas energéticos brasileiro e global.

Importância da transmissão de energia para transição energética

30/7/2025

A transmissão de energia é um dos pilares invisíveis — mas absolutamente essencial — da transição energética. Nesta coluna, já abordamos inúmeras vezes os desafios operacionais da distribuição e geração de energia e os gargalos da integração das fontes renováveis intermitentes. Imagine o setor elétrico como um time de futebol, onde cada uma das fontes (solar, eólica, hídrica, biomassa e térmica), espalhadas por diferentes partes do campo, com diferentes funções (atributos energéticos) precisam se organizar e interagir ativamente. Seria o esquema tático, alguns mais conservadores (hidrotérmicos), outros mais arrojados (renováveis). Sem uma rede de transmissão robusta e muito bem coordenada, esse jogo não se desenvolve e a energia não chega aos espectadores certos — ou melhor, às casas, indústrias e cidades que precisam dela. Em um cenário de transição energética, a transmissão é crucial, justamente porque muitas usinas solares e eólicas estão localizadas em áreas remotas, longe dos grandes centros consumidores. A transmissão permite, portanto, a integração adequada destas fontes e levar essa energia limpa até onde ela é necessária. Para além disso, uma rede bem planejada e estruturada ajuda a equilibrar oferta e demanda (compatibilizando critérios de segurança e estabilidade do sistema), evitando apagões e desperdícios (o chamado curtailment1). Isso é ainda mais importante com fontes intermitentes como o sol2 e o vento. Sem capacidade de transmissão, muitos projetos de energia renovável ficaram engavetados. É o atual problema maior do nosso SIN. No Brasil, esse tema é especialmente relevante: cerca de 90% do território já está interligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), uma das maiores redes de transmissão do mundo. Isso coloca o país em posição estratégica para liderar uma transição energética justa, segura e inclusiva. O curtailment tem sua disposição regulatória dada pela REN ANEEL 1.030/20223 , que estabeleceu três condições para restrição da geração: • Indisponibilidade externa, como gargalos originados pela Rede Básica e Demais Instalações de Transmissão (DITs); • Atendimento a requisitos de confiabilidade elétrica, como a preservação da rede de transmissão; e • Razão energética, no cenário de descasamento entre a oferta e demanda de energia elétrica.

Em 2025, o problema do curtailment no Brasil continuou a crescer, refletindo o descompasso entre a expansão acelerada das fontes renováveis e a infraestrutura elétrica disponível para integrálas ao sistema. Segundo a ePowerBay4 , mais de 129 GWh de energia solar foram desperdiçados apenas em janeiro de 2025, concentrados em subestações como Janaúba 3 (77,5 GWh), Jaíba (31,9 GWh) e Sol do Sertão (20 GWh) — todas em Minas Gerais. Como solução para este problema, países investem em planejamento e novas tecnologias, visando essencialmente a eficiência e a redução de perdas. Linhas modernas e bem planejadas reduzem perdas de energia no caminho, tornando o sistema mais eficiente e sustentável. Falando em novas tecnologias, dois exemplos emblemáticos de infraestrutura de transmissão de altíssima tensão estão moldando a transição energética global. Na China, redes com tecnologia UHV (Ultra-High Voltage) são agora amplamente executadas dentro de um contexto de um “super grid” nacional, com destaque para a linha Changji–Guquan5 , que detém o recorde mundial: transmite 12 GW de energia em corrente contínua (UHVDC) a 1.100 kV, por uma distância de 3.293 km. Essas linhas conectam regiões remotas, ricas em energia renovável (como o noroeste), aos grandes centros urbanos no leste do país. A rede chinesa já conta com 31 linhas UHV em operação, combinando tecnologias de corrente alternada (UHVAC) e contínua (UHVDC), permitindo uma integração massiva de fontes renováveis e redução significativa de perdas na transmissão. Na Alemanha, o Projeto SuedLink6 é um dos maiores projetos de transmissão subterrânea em corrente contínua da Europa. Com 580 km de extensão e capacidade de 2 GW, ele conecta o norte da Alemanha (onde há grande geração eólica) ao sul industrializado, onde há maior demanda. Utiliza tecnologia HVDC ±525 kV com cabos de cobre de alta capacidade e isolamento em XLPE, garantindo eficiência e confiabilidade. Além de reduzir perdas, o Sued Link é essencial para integrar mais energia renovável à rede alemã e cumprir metas climáticas. Assim, fica um pouco mais claro entender que a infraestrutura de transmissão desempenha um papel crucial na jornada global de descarbonização e atingimento de metas de energias limpas; seja pelo aumento de investimentos, seja pelo maior planejamento no processo de integração de fontes renováveis.

Antonio Araújo da Silva

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Resumo das Notícias de Hoje

30/7/2025

- LEILÃO DO GSF (comercialização)

A Aneel adiou decisão sobre consulta feita por geradores em relação a pontos específicos do leilão do GSF (risco hidrológico), após pedido de vistas do diretor Fernando Mosna. A votação da matéria foi suspensa por divergências relacionadas ao adiamento do certame, para que o Ministério de Minas e Energia reavalie a taxa de remuneração do valores a serem considerados no cálculo da extensão das outorgas

> Saiba mais na notícia “Aneel suspende processo, após discussão sobre adiamento do leilão do GSF”: https://bit.ly/45tdMmI

> Sobre o mesmo assunto, leia também “Discussão sobre adiamento do leilão do GSF surpreende o mercado”: https://bit.ly/3GZ41U3

- ACORDO GNA E GOVERNO (geração)

Uma carta de intenções entre o Governo Federal e a Gás Natural Açu (GNA) tem o potencial de atrair até R$ 20 bilhões de investimentos junto ao plano nacional de gás e biometano lançado nesse ano. A informação surgiu em meio a cerimônia de inauguração da térmica GNA II na última segunda-feira, 28 de julho, em São João da Barra (RJ). “Esse acordo é para o país seguir crescendo”, disse o diretor-presidente da GNA, Emmanuel Delfosse, que assinou o documento junto do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

> Continue a leitura na matéria “Acordo da GNA com governo pode atrair mais R$ 20 bi ao RJ”: https://bit.ly/46zclnL

PENA PARA CRIMES CONTRA INFRAESTRUTURA (executivo)

O governo federal sancionou a Lei nº 15.181/2025, que aumenta as punições para crimes de furto, roubo e receptação de fios, cabos e equipamentos de serviços essenciais. A nova legislação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 29 de julho. A nova legislação altera o Código Penal em função de ataques à infraestrutura de telecomunicações e energia elétrica no país.

> Leia mais em “Brasil endurece pena para crimes contra Infraestrutura”: https://bit.ly/3IUQqNX

- EVENTOS (canalenergia)

WEBINAR ESS: Maximizando o potencial energético com sistemas híbridos de armazenamento

Data: 13 de agosto

Local: Online via Zoom

Horário: 10h

Inscrições: http://bit.ly/4f1dIO9”

- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

Sterlite no Brasil pede recuperação extrajudicial: https://bit.ly/4fagoZQ

“Meta é reestruturar dívidas que somam quase R$ 1,4 bilhão, empresa conta com adesão de mais de metade de credores alcançados pelo plano proposto”.

Lula anuncia comissão para mapear minerais e fala em ‘COP da verdade’: https://bit.ly/4fy8iuB

“Presidente ressalta que país só tem conhecimento de 30% da riqueza em solo de seu extenso território e que não aceitará a imposição de Trump como no contexto da Ucrânia”.”

Fonte: CanalEnergia

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Resumo das Notícias de Hoje

30/7/2025

- LRCAP PARA 2026 (expansão)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou que o leilão de reserva de capacidade (LRCAP) irá acontecer somente em 2026. “Nos próximos dias faremos a consulta para o leilão de capacidade em 2026, com a energia térmica a gás sendo um dos produtos”, destacou Silveira durante o evento de inauguração da térmica Gás Natural Açu II, em São João da Barra (RJ), nesta segunda-feira, 28 de julho.

> Leia mais em “MME confirma LRCAP para 2026”: https://bit.ly/3UxrzCu

- NOVOS PARÂMETROS DE AVERSÃO AO RISCO (operação)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico vai aprovar em reunião extraordinária na quinta-feira, 31 de julho, os novos parâmetros de aversão ao risco dos modelos computacionais do setor elétrico. A data foi oficializada em resolução publicada nesta segunda-feira, 28.

> Saiba mais em “CMSE vai aprovar parâmetros de aversão ao risco na quinta-feira, 31”: https://bit.ly/45qfKnR

- EVENTOS (canalenergia)

WEBINAR ESS: Maximizando o potencial energético com sistemas híbridos de armazenamento

Data: 13 de agosto

Local: Online via Zoom

Horário: 10h

Inscrições: http://bit.ly/4f1dIO9”

- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

Aporte em transição energética sobe para R$ 20 bi no Porto do Açu: https://bit.ly/4lNZNgV

CEO da Pruma Logística confirma sete acordos vinculantes do complexo portuário para seguimentos de energia, gás, H2 e biocombustíveis.

BNDES aprova R$ 1 bi para Atlas Renewable construir 11 usinas fotovoltaicas em MG: https://bit.ly/473eaJM

Projeto terá capacidade instalada total de 505 MW e um sistema de transmissão associado.

Renova Energia anuncia acordo para desenvolver projeto solar em PE: https://bit.ly/4lQUsFR

Matéria atualizada. Acordo prevê a aquisição do complexo pela European Energy composto pelas usinas Boa Hora 4 a 8, que terá capacidade instalada de 149,6 MW.

Moody’s atribui rating Baa2 à CPFL Energia: https://bit.ly/3H54WST

Rating reflete uma probabilidade muito alta de suporte contínuo de sua acionista controladora, a State Grid.

Fonte: CanalEnergia

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA VOLTS By CANALENERGIA – 169ª edição de 29/07/2025

30/7/2025

EXCLUSIVO

Temas chave para o setor elétrico nacional precisam ser revisitados com frequência. Um dos nossos prediletos é o armazenamento de energia. Por isso, a repórter Michele Rios fez um boa varredura para checar o que há de novo no segmento. Isso resultou em mais uma reportagem especial do CanalEnergia bem bacana. Ela levantou que o mercado nacional de baterias está em rápida expansão, impulsionado pela transição energética e queda significativa de custos. Os dados são da consultoria Clean Energy Latin America (CELA). Projeta-se um crescimento de 800% no valor movimentado até 2030 e a adição de até 2,5 GWh em 2025. Nada mau. O CanalEnergia ainda oferece aos seus assinantes outra visão importante e bem ampla. Desta vez sobre peculiaridades entre redes elétricas da América Latina. Tudo baseado em novo estudo da consultoria PSR, olho que tudo vê.

ECONOMIA

Com tarifaço ou sem tarifaço o tempo não para no setor elétrico brasileiro. Por isso, vale acompanhar a reunião pública da diretoria da Aneel desta terça-feira, 29. Há apenas dois processos previstos para debate. Só que um deles mexe com os nervos do pessoal que cogita participar do mecanismo concorrencial envolvendo GSF, previsto para acontecer na CCEE nesta próxima sexta-feira, dia 1º de agosto. O que está em jogo é o desconto do fio. Quem prorroga concessão continua tendo direito ao benefício? É isso que agência deverá resolver, bem em cima da data do evento.

E tá preocupado com o destino da Aneel? Então colabore! Até 20 de agosto serão recebidas contribuições e propostas para a elaboração da Agenda Regulatória para o biênio 2026-2027. Para fechar, saiba que a diretoria da agência aprovou novas tarifas para as hidrelétricas cotistas. O valor ficou em R$ 214,98/MWh. Cinquenta e nove usinas terão direito a esse reajuste.

A caneta no MME também não para. Saiu a portaria 114, que traz alterações no cronograma dos leilões de projetos de transmissão. O primeiro de 2026, anote aí, vai ser em março e não mais em abril. Cada segundo importa. Ainda em transmissão, vem aí possível respiro para o sufoco do curtailment. Mas não pra já. A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) informou que está desenvolvendo um estudo estratégico para acrescentar 4 GW à capacidade da malha elétrica do Nordeste. As renováveis agradecem.

E é também lá Nordeste que há grande chance de brotar um grande polo de hidrogênio verde. Planos não faltam. Segundo estudo da consultoria CELA, há 111 projetos na praça, que somam algo em torno de R$ 454 bilhões em investimentos, sendo que uma parte considerável deve se instalar naquela região.

Outra notícia boa é que a Neoenergia e a WEG, algumas das primeiras empresas a divulgarem seus resultados na presente safra trimestral, estrearam a temporada com lucros bem gordinhos. Está tudo lá no CanalEnergia. Vamos ver o que acontece na sequência. A Faria Lima está de plantão!

POLÍTICA

Assunto enguiçado é o que não falta no setor. Mas, o da transferência de titularidade da Amazonas Energia para a Âmbar é um dos mais arrastados. Sim, caro leitor, você não perdeu nada. A juíza da 1ª Vara Cível da Justiça Federal no Amazonas, Jaíza Fraxe, prorrogou mais uma vez o prazo para conclusão da operação. Isso, até pelo menos surgir um acordo administrativo ou judicial sobre a questão. Ou então a finalização dos procedimentos junto à Aneel e ao MME. O que ocorrer primeiro. Façam suas apostas. E como suspense pouco é bobagem, tem mais pressão sobre a Aneel. Juntas, as torcidas do Corinthians e do Flamengo aguardam o resultado da consulta pública que debate o curtailment. A divulgação ficou agora para o final de agosto, segundo informou a diretora Agnes da Costa.

CONSUMO E COMPORTAMENTO

Agosto: mês de tarifa louca! Toca vigiar a família inteira para evitar desperdício de energia. Qualquer deslize pode doer no bolso. A Aneel determinou que a partir do próximo dia 1º fica valendo a Bandeira Vermelha Patamar 2. É aquele velho problema. Com afluências abaixo da média há queda na geração hidrelétrica e acionamento de mais térmicas. Pra ajudar, saiu o IPCA de julho e não deu outra. O grupo Habitação teve alta de 0,98%, mais uma vez puxado pelo custo da conta de luz. Dureza! Pelo menos, a Aneel definiu a Tarifa Bônus de Itaipu, usada pelas distribuidoras para calcular o crédito a ser concedido aos consumidores regulados, nas faturas de energia elétrica emitidas entre 1º e 31 de agosto. Mas não é pra todo mundo. Terão direito ao benefício unidades consumidoras residenciais e rurais com consumo faturado mensal inferior a 350 kWh. E tem mais. Depois de um longo processo de discussão, a agência regulamentou a devolução aos consumidores de créditos tributários resultantes de decisões judiciais que excluem o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins. Há, enfim, alguma luz no fim do túnel.

EFICIÊNCIA NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Bom pra segurança e para o bolso do contribuinte. O governo acaba de lançar uma chamada de R$ 151 milhões para eficiência na iluminação pública. Serão selecionados projetos de modernização com recursos do Procel a fundo perdido. Haverá troca de luminárias convencionais por modelos a LED. As propostas devem ser entregues até 31 de outubro.

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO NA ENEL

Você, cliente das distribuidoras controladas pela Enel que já anda meio desanimado com os serviços prestados, aqui vai mais um motivo de lamentação. Relatório recém-publicado pela CGU (Controladoria-Geral da União) revela que o braço paulista do grupo italiano não cumpriu o plano de contingência elaborado após as chuvas de novembro de 2023. Mas, sobrou também para a Aneel. A recomendação da CGU é que se estabeleça um procedimento de fiscalização específico para situações emergenciais.

GERAÇÃO INFLEXÍVEL

A motivação é louvável, mas o mercado está olhando de esgueio para a Portaria 115. Publicada semana passada pelo MME, a medida determina diretrizes para a otimização do uso de geração inflexível proveniente de termelétricas em cenário de excedentes energéticos. Ou seja, quando sobra geração renovável e dá-lhe curtailment. O governo, portanto, quer permitir que geradores contratados por disponibilidade solicitem redução voluntária da inflexibilidade.”

Fonte: VOLTS By CANALENERGIA – 169ª edição de 29/07/2025

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Confira as consultas públicas terminando nas próximas semanas

30/7/2025

Data final: 04/08/2025

- Consulta Pública 025/2025

Obter subsídios para aprimoramento da minuta do Edital e respectivos Anexos dos Leilões nº 5/2025-ANEEL, nº 6/2025-ANEEL e nº 7/2025-ANEEL, denominados, respectivamente, Leilões de Energia Existente “A-1”, “A-2” e “A-3”, de 2025, os quais se destinam à compra de energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração existentes.

- Consulta Pública n°191 de 14/07/2025

Proposta de Metodologia de seleção de áreas para oferta nos procedimentos de cessão de uso, visando o desenvolvimento de projetos eólicos offshore no espaço marinho do Brasil.

Saiba mais no site: https://bit.ly/Aneel-ConsultaPública e https://bit.ly/ConsultaPúblicaMME

Fonte: CanalEnergia

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Credenciada na Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para trabalhos de apoio ao órgão regulador

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