Portal de Notícias sobre o
Setor Elétrico

Veja aqui as informações e notícias mais recentes sobre o setor elétrico. A curadoria do conteúdo é feita por nossos especialistas, considerando a importância do tema para o mercado.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

8/7/2025

Acelerar a transição energética é um dos temas prioritários na agenda do Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase) e as hidrelétricas, que geram energia limpa e renovável e compõem mais de 50% da matriz elétrica do Brasil, têm relação direta com esse objetivo.

Durante o Fórum, foi apresentado por Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor presidente da Norte Energia, o trabalho realizado na Norte Energia em convergência com esse tema. Paulo reforçou a importância estratégica da Usina Hidrelétrica Belo Monte para o Sistema Interligado Nacional (SIN), para a segurança energética do país, para o desenvolvimento regional do Médio Xingu (PA), para a preservação do meio ambiente e para o atendimento dos povos indígenas.

Essencial para o Brasil, Belo Monte chega a atender até 12% da demanda de energia elétrica do país nos horários de pico de consumo e é fundamental nos momentos de entrada e saída das fontes intermitentes, devido à sua responsividade e flexibilidade. Além disso, de janeiro a maio de 2025, evitou a emissão de 10,4 milhões de CO2 na atmosfera, número comparado ao que seria emitido em caso do acionamento de térmicas a gás.

Energia em Transformação: A Contribuição das Mulheres para a Transição Energética

2/7/2025

Por: Aline Pan

“No dia 2 de abril, durante o T&D Energy 2025, realizou-se o lançamento do livro Energia em Transformação: A Contribuição das Mulheres para a Transição Energética, obra coletiva escrita por 54 autoras atuantes em diferentes segmentos do setor elétrico brasileiro, tais como geração, transmissão, distribuição, comercialização, inovação e eficiência energética. A publicação propõe uma visão integrada do setor, destacando não apenas aspectos técnico-operacionais, mas também as mudanças estruturais e culturais necessárias para consolidar uma transição energética justa e inclusiva. Juntas, uma obra tão representativa para o setor elétrico brasileiro.

O primeiro capítulo dedica-se à transição energética sob múltiplas perspectivas: discute a transformação das economias, a complexidade do Sistema Interligado Nacional (SIN), o papel do setor jurídico nas distribuidoras, o impacto da liderança feminina em comunicação e marketing, e apresenta um programa de gerenciamento de riscos adaptado às recentes alterações na legislação trabalhista no contexto da transição energética. No segundo capítulo, a gestão de ativos é analisada a partir do perfil profissional híbrido que emerge no mercado de energia, ressaltando como a atuação multifuncional e a presença de mulheres no setor representam ativos estratégicos para enfrentar as novas exigências de eficiência e sustentabilidade.

O terceiro capítulo aborda a geração de energia por meio de estudos de caso que abrangem desde o inventário hidrelétrico binacional da bacia do Rio Madeira (Brasil–Bolívia) até a manutenção e segurança de barragens, passando pela concepção, definição de potência e construção de usinas hidrelétricas. Inclui-se também a análise de projetos emblemáticos de energia solar fotovoltaica no Rio Grande do Sul, evidenciando não apenas os avanços técnicos, mas também os impactos socioambientais dessas iniciativas. No quarto capítulo, são tratados os leilões de transmissão e as etapas construtivas de linhas de alta tensão, a implementação de sistemas HVDC, os desafios para conexão de novas usinas ao SIN, a manutenção de ativos de transmissão e o uso de realidade virtual para treinamentos em subestações, destacando práticas inovadoras que aumentam a resiliência do sistema.

O quinto capítulo explora a distribuição de energia a partir de casos de integração de planejamento de investimentos e controle financeiro, da implantação de linhas subterrâneas de alta tensão e da modernização de redes para equilibrar sustentabilidade e eficiência. Discute-se também o avanço de modelos de manutenção, a presença feminina em serviços de campo, a segurança de projetos energéticos e a relação entre energia, segurança alimentar e sustentabilidade, além da evolução no atendimento ao cliente. No sexto capítulo, o foco recai sobre o mercado livre de energia, enfatizando o papel das comercializadoras na conexão entre sustentabilidade e competitividade, a formação de preços comparada internacionalmente, inovações em precificação e projeções para a cobertura total do mercado livre no Brasil.

O sétimo capítulo trata de inovação e eficiência energética, abordando a transformação tecnológica por meio de redes inteligentes, hidrogênio verde, programas de pesquisa e desenvolvimento, eficiência em edificações e segurança cibernética na transição energética. A narrativa enfatiza o protagonismo das pessoas na adoção de novas tecnologias e na aceleração do processo de transformação do setor. Por fim, o oitavo capítulo, intitulado “Por um Setor Elétrico Resiliente”, propõe diretrizes para políticas públicas e estratégias institucionais que assegurem sustentabilidade, confiabilidade e equidade, com foco na digitalização de processos, integração de fontes renováveis e fortalecimento de redes de distribuição inteligente.

Embora seja resultado do esforço de autoras mulheres, Energia em Transformação não se limita a apresentar uma “visão feminina” do setor; ao contrário, reúne conteúdos destinados a quem busca compreender, de maneira abrangente, o funcionamento do setor elétrico num contexto de grandes transformações estruturais e culturais. Cada capítulo reflete a expertise de quem vivenciou desafios de projetos reais de transição energética, comprovando que o setor será fortalecido à medida que se tornar cada vez mais diverso e inclusivo.

A modernização do setor elétrico brasileiro passa pela diversificação da matriz, pela abertura de mercado, pela operação e manutenção qualificadas e pela promoção da eficiência energética, elementos que consolidam uma transição capaz de gerar impactos sociais positivos. Essa transformação, que envolve incorporar fontes renováveis, digitalizar processos e valorizar o capital humano, tem, sem dúvida, a participação feminina: autoras que lideram, pesquisam, ensinam e atuam em cada elo da cadeia, derrubando estereótipos e ampliando horizontes. Energia em Transformação é, portanto, muito mais do que uma coletânea de artigos técnicos: é um retrato vívido de um setor em movimento, guiado por vozes diversas que mostram que energia também é sinônimo de equidade e inclusão.”

Sobre a autora:

Aline Cristiane Pan é Doutora em Energia Solar Fotovoltaica e Professora na UFRGS, onde coordena o Grupo de Pesquisa em Transição Energética. Co-fundadora da Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar, tem mais de 25 anos de experiência no setor.

Fonte: Revista O Setor Elétrico – NEWSLETTER OSE

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OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

2/7/2025

Spic Brasil alerta para importância da governança setorial na transição energética: https://bit.ly/4lzLFaE

“Junção de inovação e tecnologia chinesas com recursos naturais brasileiro potencializam oportunidades”,

Barral deixa gabinete de Silveira: https://bit.ly/44vaON2

“Exoneração foi a pedido do ex-presidente da EPE, que estava no MME desde o início da gestão de Silveira”.

Windey chega ao Brasil de olho em sinergias com a Bahia: https://bit.ly/4ewuowU

“Fabricante de turbinas eólicas inaugurou centro de P&D e vê no estado características ideais para o projeto”.

GE Vernova garante O&M de duas hidrelétricas no Brasil: https://bit.ly/44Jgzb4

“Empresa oriunda da cisão dos negócios de energia da General Eletric fecha o segundo contrato para usinas da Aliança Energia no país”.

Fonte: Canal Energia

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Resumo das Notícias

2/7/2025

- USINAS DA ‘CORRIDA DO OURO’ (geração)

Geradores beneficiados pela MP 1212 com a prorrogação adicional do prazo para acesso ao desconto nas tarifas de uso da rede poderão postergar o início de vigência dos Contratos de Uso do Sistema de Transmissão por até 36 meses. Eles terão, no entanto, de pagar um encargo progressivo, que será aplicado a cada mês do período de postergação solicitado pelo empreendedor, segundo resolução aprovada nesta terça-feira (01/07) pela diretoria da Aneel.

>Saiba mais na matéria “Usinas da ‘corrida do ouro’ poderão prorrogar CUST por 36 meses”: https://bit.ly/3TSkZpL

- REAJUSTES TARIFÁRIOS (distribuição)

A Aneel estabeleceu dois critérios para a avaliação do pedido de adiamento de reajustes tarifários pelas distribuidoras. Serão considerados elegíveis ao diferimento total ou parcial de processos com índice inferior a -1,5% ou superior a 12,1%, ou que apresentem diferença entre o resultado do processo atual e a previsão do índice para ano seguinte superior a 13,6%.

>Continue a leitura em “Aneel aprova critérios para diferimento de reajustes tarifários”: https://bit.ly/4lfR1s6

- EVENTOS (CanalEnergia)

Energy TechTALKS 2025 oferecido pela GE Vernova

Data: 3 de julho

Local: Online via Zoom  

Horário: 10h

Inscrições: https://bit.ly/ETT-GE-Vernova

Meetup CanalEnergia + GESEL | Baterias: Perspectivas para o Armazenamento de Energia

Data: 8 de julho

Local: Online via Teams

Horário: 10h

Inscrições: https://bit.ly/11meetup-canalenergia

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA VOLTS By CANALENERGIA – 165ª edição de 01/07/2025

2/7/2025

EXCLUSIVO

“Esqueça o que se sabe hoje sobre distribuição de energia no Brasil. Além do processo da renovação das concessões em andamento, se tudo o que a MP 1300 promete de fato acontecer, em cerca de cinco anos, as companhias terão um perfil bastante diferente. Essa é a futura realidade que o subeditor Maurício Godoi convida o leitor a explorar na reportagem especial desta semana do CanalEnergia. Com a abertura total do mercado livre no final de 2027, entre outros pontos, as distribuidoras deixarão o modelo de "price cap" para focar na gestão aprimorada das redes e na oferta de diversos serviços, com remuneração via "revenue cap", atrelada à disponibilidade de ativos. A digitalização das infraestruturas em uma década, com a ampla adoção de medidores inteligentes, será fundamental para promover a visibilidade de dados e oferecer maior autonomia do consumidor. A separação entre a comercialização de eletricidade e o serviço de "fio" habilitará as concessionárias a operar como Gestoras de Sistemas de Distribuição (DSO). Adicionalmente, fornecerão serviços de valor agregado, como a gestão de carga para "prosumidores" e o gerenciamento de veículos elétricos.”

ECONOMIA

“Ainda que com fôlego financeiro comprometido e expediente prejudicado, as reuniões públicas da diretoria da Aneel sempre rendem muita notícia. Na última sessão, mesmo com votos favoráveis das relatoras Ludimila Silva e Agnes da Costa, que foram acompanhados pelo diretor Daniel Dana, o diretor Fernando Mosna optou por pedir vistas dos processos que tratam da prorrogação antecipada das concessões da Enel Rio e da Equatorial Pará..

As distribuidoras, aliás, segundo portaria do MME (Ministério de Minas e Energia), terão prazo de dez anos para alcançar metas de digitalização. Entre os objetivos diversos, a ideia é também favorecer a aguardada abertura geral do mercado livre de energia.

Já do lado da transmissão, más notícias para a MEZ Energia. A agência reguladora rejeitou em última instância os recursos apresentados e manteve a recomendação de caducidade de cinco concessões da companhia.”

POLÍTICA

“O bate-boca em torno da libertação de parte dos jabutis embutida na lei do marco das eólicas offshore continua agitando Brasília. A derrubada dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional contribuiu para azedar ainda mais a crise política entre o Executivo e o Legislativo. O governo atacou duramente a decisão dos congressistas, no que foi acompanhado por entidades que partilham a previsão de que as tarifas de energia vão disparar, mas criticado por outras associações que apoiam firmemente a manutenção dos jabutis. O resultado disso tudo é um impasse que há muito não se via. A temperatura esquentou de tal forma que o presidente do Senado falou em “campanha de desinformação”, ao garantir que a contratação compulsória de usinas e a prorrogação do Proinfa não trarão aumento tarifário. Em meio a esse climão, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu que o fatiamento da proposta de reforma do setor, com a votação em separado das mudanças na tarifa de baixa renda, é uma alternativa para tentar salvar a principal medida da MP 1300.”

CONSUMO E COMPORTAMENTO

“Não deu outra! Como já era de se esperar, a bandeira vermelha patamar 1 contribuiu para que Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentasse alta de 0,26% em junho. Foi 0,10% menor que registrado em maio, mas a tarifa de energia estragou a festa. De todos os nove grupos avaliados, sete tiveram alta, sendo Habitação o mais alto com 1,08%. Dos itens que compõem esse grupo, destaque para a conta de luz residencial, principal impacto individual. A Thymos Energia, por falar nisso, calculou o reajuste médio nas tarifas em 2,64% neste ano, com maiores altas nas regiões Sul e Norte.”

ENERGIA EÓLICA

“Mesmo aos trancos e barrancos, o Brasil ultrapassou a Espanha e alcançou 35 GW de capacidade instalada em energia eólica, assumindo a quinta posição no ranking global de geração eólica onshore. O avanço reforça o papel do país com uma das principais potências em energia renovável e abre caminho para a exploração da energia eólica offshore, próxima fronteira do setor. Esse avanço se deve a um conjunto de políticas públicas, programas de incentivo e leilões bem estruturados, segundo avalia Matheus Noronha, Head de Energia Eólica Offshore da ABEEólica.”

ACESSO BÁSICO À ELETRICIDADE

“Quase 92% da população mundial já tem acesso básico à eletricidade, segundo o relatório “Tracking SDG 7: The Energy Progress Report 2025“, divulgado pela Irena e outras entidades como a Agência Internacional de Energia (AIE) e o Banco Mundial. Beleza! Só que, apesar do avanço registrado desde 2022, mais de 666 milhões de pessoas ainda vivem sem energia elétrica, indicando que o ritmo atual é insuficiente para alcançar o acesso universal até 2030, meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).”

LUTO DA ANEEL

“O bloqueio de R$ 38,6 milhões em recursos da Aneel bate fundo no dia-a-dia da agência. De cara já levou à interrupção de diversos serviços e ainda obrigou a autarquia a readequar o horário de expediente. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, a reunião de diretoria da última terça-feira, foi aberta com uma manifestação da Associação dos Servidores da Aneel (Asea), alertando para os impactos do corte sobre serviços essenciais e da dispensa de 145 profissionais

terceirizados da área de tecnologia da informação. “O clima na agência é de luto,” resumiu o representante da Asea, Benedito Cruz Gomes. A própria entidade também enviou ofício aos ministérios da Fazenda e do Planejamento, solicitando desbloqueio de recursos. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, por sua vez, solicitou a devolução de servidores cedidos ao MME, à EPE e a Itaipu Binacional. Na lista estão o secretário executivo-adjunto da pasta, Fernando Colli, o secretário de Energia Elétrica, Gentil Nogueira Jr, e o presidente da EPE, Thiago Prado.”

Fonte: VOLTS By CANALENERGIA – 165ª edição de 01/07/2025

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA VOLTS By CANALENERGIA – 164ª edição de 24/06/2025

1/7/2025

EXCLUSIVO

“Bastante concorrido, deu o que falar o estúdio montado pelo CanalEnergia, lá no ENASE 2025. Pelos microfones comandados pelo subeditor Maurício Godoi, passaram executivos, consultores e especialistas. Rui Chammas, CEO da ISA Brasil, falou sobre como a empresa prepara suas redes elétricas, frente mudanças climáticas. Nessa vibe, Pedro Regoto, meteorologista da Climatempo revelou que o país deve enfrentar uma onda calor por volta de agosto. Já Alexandre Viana, CEO da consultoria Envol, está com um pé atrás com relação a universalização do serviço de energia elétrica no Brasil. Segundo ele, isso dificilmente acontecerá até 2028. Outro Vianna, o Luiz Fernando, VP de Relações Institucionais do Grupo Delta Energia, avisou que a MP 1300 é apenas o início da reestruturação do setor elétrico nacional!

Mudando de assunto, olha só: pequeno só no nome, mas gigante nas iniciativas, o Piauí é um estado sempre à frente quando se trata de pioneirismos. O repórter Pedro Aurélio Teixeira foi conhecer de perto toda essa vibração e é o autor da reportagem especial desta semana do CanalEnergia. Com 6,8 GW de capacidade eólica e solar instalada, o Piauí aposta fortemente no hidrogênio verde, com megaprojetos da Solatio (11 GW) e da Green Energy Park (10,8 GW) no Parnaíba, distante 337 km da capital Teresina. Esses projetos enfrentam desafios de conexão à rede e demandam expansão da transmissão. O governador Rafael Fonteles atua para superar os desafios do "curtailment" e garantir esses investimentos.”

ECONOMIA

“E não é que o CEO da Envol, Alexandre Viana, deve estar com toda a razão. Pelo andar da carruagem, o governo tem pela frente um baita desafio no trabalho de universalização. Pelo menos é o que aponta um novo levantamento do MME sobre o que falta fazer. Cerca de 1,2 milhão de pessoas ainda esperam pelos benefícios do programa Luz para Todos.

Enquanto isso, o negócio é garantir que as distribuidoras continuem executando o seu trabalho. Por isso, na reunião pública da semana passada a Aneel, recomendou ao MME a prorrogação das concessões da RGE Sul e Energisa MS. Na reunião de hoje, o colegiado da agência deve aprovar a recomendação de prorrogação antecipada das concessões de Enel Rio e da Equatorial Pará. A Neoenergia, a propósito, apresentou plano de investimentos da ordem de R$ 952 milhões para Pernambuco. Já a Enel-SP garante que vai destinar R$ 10,4 bilhões para modernizar a rede até 2027.

Do lado da energia não-renovável, mas ainda indispensável, a notícia que bombou na semana é que a produção de gás natural em regime de partilha chegou a 6,36 milhões de m³ por dia em abril. O resultado representa um crescimento de 125,8% em relação a março e foi impulsionado pela melhoria na eficiência operacional do campo de Búzios. E um estudo da EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas) afirma que o setor de óleo e gás pode reduzir emissões mesmo aumentando produção. Ambientalistas, certamente, vão ficar atentos a essa previsão.”

POLÍTICA

“Lembra dos jabutis embutidos na Lei 15.097/2025 que consolida as regras para a instalação dos projetos eólicos offshore no Brasil? Pois é, o Congresso Nacional libertou uma boa parte deles, que, por bem, o governo havia trancafiado, temendo impactos tarifários terríveis. Isso aconteceu na terça-feira passada, 17. Entre os vetos rejeitados, voltaram a ganhar vida a contratação de 4,9 GW em PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), 250 MW provenientes de hidrogênio líquido (a partir de etanol) e 300 MW de eólicas na Região Sul. Além disso, foram prorrogados, por 20 anos, os contratos do Proinfa. Inconformadas, várias entidades do setor imediatamente manifestaram forte preocupação. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) estimou um aumento de R$ 197 bilhões na conta de luz nos próximos 25 anos, o equivalente a 3,5%. A entidade alertou ainda para a potencial inconstitucionalidade e para a questão do aumento da sobreoferta de energia. Já a Abradee também lamentou o impacto nas tarifas, reforçando a “penalização injusta aos consumidores”. Em resposta, o governo federal sinalizou que uma nova Medida Provisória será encaminhada para equalizar esses custos adicionais e evitar repasses à população. Então ficamos assim, a MP 1300 veio com uma engenharia danada para dar uma aliviada na alta das tarifas aos consumidores de baixa renda, mas agora vamos precisar de mais uma MP para tentar evitar contas ainda mais salgadas.”

CONSUMO E COMPORTAMENTO

“E por falar em tarifas, após muitas idas e vindas, a Aneel conseguiu, finalmente, chegar a uma conclusão sobre o reajuste da Light. A diretoria aprovou uma redução média de 1,67%, com efeito médio a ser percebido pelos consumidores de 0,52% na alta tensão e de -2,52% na baixa tensão. Para chegar ao índice final, o colegiado da agência discutiu diferentes propostas, com três pedidos de vistas que atrasaram a aplicação do reajuste previsto originalmente para 15 de março último. Aproveitando o embalo, a Aneel autorizou aumento de 12,4% para a RGE Sul e de 3,6% para Energisa Minas-Rio. E não parou por aí. A Copel fez jus a um reajuste médio de 2,02%.”

LIMPEZA DE PAINEIS SOLARES

“Não são somente os automóveis que têm direito a uma limpeza ecológica que evita o uso de água. A Engie Brasil e a startup Solar Bot desenvolvem um sistema que realiza limpeza a seco de painéis solares. E mais: sem a necessidade de intervenção humana. É tudo automático. Serão investidos R$ 3,56 milhões no projeto iniciado este ano e que conta com previsão de término para outubro de 2026. Lembrando que o acúmulo de sujeira nesses equipamentos pode reduzir a geração de energia em até 15%. Usina limpa, usina saudável!”

TENDÊNCIA DE AUMENTO DE CURTAILMENT

“Ganhos de um lado e perdas do outro lado. Um novo estudo publicado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) mostra tendência de aumento na ocorrência de curtailment por razões energéticas, podendo chegar a representar cerca de 96% do total dos cortes nos próximos ano. Isso, independentemente da capacidade de transmissão do sistema. Se todas as usinas que atualmente possuem CUST (Contrato de Uso do Sistema de Transmissão) efetivamente entrarem em operação, estima-se que o curtailment médio pode representar mais de 10% para os aerogeradores e ultrapassar 20% para as os painéis fotovoltaicos até 2029.”

O SETOR QUER BESS!

“Chegou a hora! Não dá mais para esperar! O mercado está ansioso demais, até porque, como já falamos aqui na Volts, o curtailment vem devorando a receita das empresas de geração renovável. Baterias, já! O risco de adiamento do Leilão de Reserva de Capacidade destinado à contratação de armazenamento de energia levou quatro associações a divulgarem uma carta conjunta destinada ao MME e ao Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio. Absae, Absolar, ABGD e ABEEólica entendem que as baterias atribuem confiabilidade, nova capacidade de potência com menor custo global, reduzem perdas no sistema e ampliam o aproveitamento das renováveis. É só vantagem! No texto manifestam sua preocupação com o tema e reforçam a importância de decisões estratégicas que garantam a modernização, segurança e competitividade do setor elétrico nacional.”

Fonte: Canal Energia

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Credenciada na Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para trabalhos de apoio ao órgão regulador

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