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Energia Eólica Offshore no Brasil: Um Novo Horizonte para o Desenvolvimento Sustentável

20/8/2025

O Brasil, com sua vasta costa e ventos favoráveis, está à beira de uma nova fronteira energética: a energia eólica offshore. Enquanto a energia eólica em terra (onshore) já é uma realidade consolidada e um dos pilares da matriz elétrica brasileira, a exploração dos ventos em alto mar promete um potencial ainda maior, capaz de impulsionar o desenvolvimento sustentável, gerar empregos e consolidar o país como um líder global em energias renováveis. Este artigo explora o vasto potencial da energia eólica offshore no Brasil, os desafios e as oportunidades que essa tecnologia apresenta, e como ela pode moldar um novo horizonte para o desenvolvimento sustentável do país.

O Potencial Inexplorado dos Ventos Marinhos Brasileiros

A energia eólica offshore é a geração de eletricidade a partir de turbinas eólicas instaladas em corpos d'água, geralmente no mar. As condições de vento em alto mar são frequentemente mais fortes e consistentes do que em terra, o que permite que as turbinas offshore sejam maiores e gerem mais energia por unidade de capacidade instalada. O Brasil possui uma costa extensa, com mais de 8.500 km, e estudos preliminares indicam um potencial eólico offshore gigantesco, estimado em centenas de gigawatts, superando em muito a capacidade instalada atual de todas as fontes de energia do país.

Vantagens da Energia Eólica Offshore no Brasil:

  1. Recurso Abundante e Consistente: Os ventos marinhos brasileiros são de alta qualidade, com velocidades médias elevadas e menor variabilidade, resultando em um fator de capacidade superior ao da eólica onshore.
  2. Menor Impacto Visual e Sonoro: Por estarem distantes da costa, os parques eólicos offshore têm um impacto visual e sonoro reduzido para as comunidades costeiras.
  3. Geração em Larga Escala: A possibilidade de instalar turbinas maiores e em maior número permite a construção de parques eólicos de gigawatts, contribuindo significativamente para a segurança energética do país.
  4. Complementaridade com Outras Fontes: A geração eólica offshore pode complementar a geração hidrelétrica e solar, contribuindo para a diversificação da matriz e a estabilidade do sistema elétrico.

Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Sustentável

Apesar do imenso potencial, o desenvolvimento da energia eólica offshore no Brasil enfrenta desafios significativos, mas que também representam grandes oportunidades para o desenvolvimento sustentável:

Desafios:

  • Alto Custo Inicial: A instalação de parques eólicos offshore é mais cara do que a onshore devido à complexidade da engenharia, fundações, instalação e conexão à rede.
  • Infraestrutura Portuária: A construção e manutenção de grandes turbinas eólicas offshore exigem portos com infraestrutura especializada para montagem, transporte e logística.
  • Regulamentação: A ausência de um marco regulatório específico e claro para a energia eólica offshore no Brasil é um dos principais entraves para atrair investimentos e dar segurança jurídica aos projetos.
  • Impacto Ambiental: Embora seja uma fonte limpa, a instalação de parques offshore pode ter impactos na vida marinha, rotas migratórias de aves e ecossistemas costeiros, exigindo estudos de impacto ambiental rigorosos e medidas de mitigação.
  • Conexão à Rede: A energia gerada em alto mar precisa ser transmitida para a costa e conectada à rede elétrica existente, o que pode exigir investimentos em novas linhas de transmissão e subestações.

Oportunidades para o Desenvolvimento Sustentável:

  • Geração de Empregos e Cadeia de Valor Local: O desenvolvimento da indústria eólica offshore pode gerar milhares de empregos qualificados em diversas áreas, desde a fabricação de componentes até a instalação, operação e manutenção. Isso impulsiona a economia local e a formação de uma nova cadeia de valor.
  • Inovação Tecnológica: A complexidade da eólica offshore estimula a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções de engenharia, posicionando o Brasil na vanguarda da inovação energética.
  • Descarbonização da Economia: A energia eólica offshore contribui diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, ajudando o Brasil a cumprir suas metas climáticas e a descarbonizar sua economia.
  • Segurança Energética: A diversificação da matriz e a adição de uma fonte de energia abundante e consistente aumentam a segurança e a resiliência do sistema elétrico brasileiro.
  • Atração de Investimentos: O grande potencial e a necessidade de investimentos em larga escala podem atrair capital estrangeiro e parcerias internacionais, impulsionando o crescimento econômico.

O Cenário Regulatório e os Primeiros Passos no Brasil

Atualmente, o Brasil não possui um marco regulatório específico para a energia eólica offshore. No entanto, o governo federal e agências reguladoras como o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) estão trabalhando na criação de regras para o licenciamento ambiental, a cessão de uso de áreas marítimas e a comercialização da energia. Diversos projetos já foram protocolados para licenciamento ambiental, demonstrando o interesse do setor privado em explorar esse potencial.

Perspectivas para o Futuro:

  • Marco Regulatório: A expectativa é que um marco regulatório claro e estável seja estabelecido nos próximos anos, oferecendo a segurança jurídica necessária para os investimentos.
  • Leilões de Energia: Com a regulamentação, o governo poderá realizar leilões específicos para a contratação de energia eólica offshore, impulsionando a construção dos primeiros parques.
  • Desenvolvimento da Cadeia de Suprimentos: O crescimento da indústria offshore no Brasil dependerá do desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos local robusta, com a fabricação de componentes e a prestação de serviços especializados.

Um Futuro Promissor e Sustentável no Mar Brasileiro

A energia eólica offshore representa um novo e promissor horizonte para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Com um potencial eólico marinho vasto e de alta qualidade, o país tem a oportunidade de se tornar um dos maiores produtores de energia eólica offshore do mundo. Embora os desafios sejam consideráveis, as oportunidades de geração de empregos, atração de investimentos, descarbonização da economia e fortalecimento da segurança energética são ainda maiores. Ao avançar com um marco regulatório claro, investimentos em infraestrutura e um compromisso com a sustentabilidade ambiental, o Brasil pode desbravar essa nova fronteira, consolidando sua liderança em energias renováveis e construindo um futuro mais limpo, próspero e resiliente para as próximas gerações. O vento que sopra no nosso litoral tem o poder de impulsionar uma verdadeira revolução energética e de desenvolvimento.

Fonte: energy.solutions@informa.com – Edição de 15/08/2025

OUTRAS INFORMAÇÕES DE HOJE

7/12/2024

- Submercado SE/CO deve encerrar ano acima de 47% da capacidade, aponta ONS: https://bit.ly/49pno2c

“Projeções mostram reservatórios do Sul. Nordeste e Norte terminando dezembro com 58%, 45,8 e 46,3de armazenamento hídrico”.

- Yara inicia produção de amônia renovável e abre caminho para projetos futuros em Cubatão: https://bit.ly/3ZnOCle

“O projeto, iniciado há três anos, envolveu diversas áreas da empresa e parceiros tanto internos quanto externas”.

- Enel Comercializadora e Trading busca novos parceiros para ampliar participação no Mercado Livre de Energia: https://bit.ly/41mGJ25

“Para se consolidar como a maior comercializadora varejista do Brasil, a empresa busca parceiros dispostos a atuar na captação de potenciais clientes”.

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LEILÕES DE ENERGIA (expansão)

7/12/2024

“Os únicos leilões de energia do ano terminaram no início da tarde desta sexta-feira, 06 de dezembro, com cerca de 2:30 horas de duração no total. Ao total foram viabilizados2.130,3 MW médios divididos em lotes de 0,1 MW médio. O maior dos três certames foi o A-1, com fornecimento a partir de janeiro. A disputa realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica gerou negócios que somaram pouco mais de R$ 6 bilhões e injetaram mais de 37,3 milhões de MWh.

> Leia mais em “Leilões de energia existentes terminam com 2.130,3 MW médiosnegociados”: https://bit.ly/4gpJWlY

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COMPENSAÇÃO POR CORTE DE GERAÇÃO (geração)

7/12/2024

“O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Marcos Madureira, afirmou nesta quinta-feira (05/12) que a decisão judicial que determina a compensação pelo corte de geração de usinas eólicas e solares vai afetar a tarifa de energia elétrica. Para o executivo da Abrade e, o consumidor, que já subsidia descontos tarifários para essas fontes, vai pagar duas vezes, ao bancar também o encargo por constrained-off.

> Saiba mais na matéria “Compensação por corte de geração vai afetar tarifa de energia, dizMadureira”: https://bit.ly/3ZGWQGu

> Sobre o assunto, leia também “Decisão sobre constrained-off é sinalização positiva, avaliamassociações”: https://bit.ly/3OJ7d6w

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA ELECTRA CLIPPING – EDIÇÃO 25/24 DE 06/12/2024

6/12/2024

“- Copel vende R$ 450milhões em 13 pequenas usinas para o Grupo Electra

A Copel vendeu um lote de ativos de geração de energia por R$ 450,5 milhões para o Grupo Electra. Segundo Diogo Mac Cord, vice-presidente de Estratégia, Novos Negócios e Transformação Digital da Copel, com a transação, a empresa concentrará esforços nas grandes usinas. De acordo com Claudio Alves, presidente do Grupo Electra, a carteira em PCHs quase dobra agora, de 13 para 24, e a empresa passa a figurar entre as dez maiores do segmento. 73% do funding veio da Jive Mauá, por meio da emissão de debêntures da Electra a serem adquiridas pelos fundos de infraestrutura e de crédito da gestora.

- CMSE aprova curvas de referência de armazenamento para 2025

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou, nesta semana, as Curvas Referenciais de Armazenamento (CREF) para 2025, atualizando ferramenta estratégica para a gestão do Sistema Interligado Nacional (SIN). A deliberação visa aprimorar a capacidade de acompanhamento das condições de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas, possibilitando a identificação ágil de situações que exijam medidas excepcionais. As CREF variam conforme a criticidade do armazenamento, e indicam montantes de geração termelétrica para garantia do suprimento de energia elétrica mesmo em condições hidro meteorológicas adversas.

- Carga do SIN deve ter aumento médio de 3,3 entre 2025 e 2029

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram que a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ter uma expansão média anual de 3,3%de 2025 a 2029. Para este ano, os estudos apontam um crescimento de 5,3% em relação a 2023, com o resultado chegando a 79.899 MW médio no final do ano. As análises consideram a Micro e Mini geração Distribuída e a integração de Roraima ao SIN em fevereiro de 2026.

- Aneel aprova regras para comercialização em 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta semana, a proposta para as regras de comercialização de 2025. A proposta, que entra em vigor em janeiro, traz aperfeiçoamentos nos módulos decorrentes de leilões de energia nova e de energia existente e a retirada do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) na valoração de penalidade por insuficiência de lastro. Outras mudanças são adequações em decorrência da Resolução 1.067/2023, e alteração da metodologia de cálculo do Custo Variável Unitário Estrutural.

- Monitoramento prudencial foi eficaz, aponta CCEE

O monitoramento prudencial no período sombra foi eficaz para a mitigação de riscos no setor e ajudou a promover a transparência do ambiente de negociações, na avaliação da CCEE. Agora, a Aneel abrirá um processo para a implementação definitiva do modelo, que propõe que geradores, comercializadores e consumidores se comprometam com o envio periódico do seu Fator de Alavancagem, que mostra a exposição das empresas a riscos no mercado.

- Migração de consumidor varejista deve aumentar carga na ponta noturna

A migração de consumidores de média e alta tensão  ao mercado livre deve estimular a carga no horário de ponta noturno, segundo  análise feita pelo ONS, EPE e CCEE. Isto ocorre porque, no mercado livre, os  consumidores podem usar energia incentivada, se beneficiando do desconto na  tarifa de uso do sistema de distribuição (Tusd). No mercado cativo, podem  optar por modalidades tarifárias (azul ou verde) que apresentam sinal  tarifário de maior custo no período de ponta noturno, reduzindo, assim, o  consumo.

- Mercado livre puxa expansão da geração e muda  perfil de leilão

Entre as usinas queentraram em operação comercial no Brasil em 2024, 84% foram destinadas aoambiente de contratação livre (ACL), segundo dados da Aneel. Os números apontamque 299 usinas começaram a operar este ano (a maioria solares e eólicas), dasquais 251 (com 8,5 GW de capacidade) têm foco no mercado livre. Estudo daAssociação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel)mostra que os projetos previstos para entrar em operação até 2030 têm umaparticipação de 93% de empreendimentos para comercialização no mercado livre.

- Resolução da ANApossibilita melhorias para reservatórios no período úmido

Novas resoluções da Agência Nacional de Águas e Saneamento devem ajudar a acelerar a recuperação dos reservatórios de cabeceira dos rios Grande e Paranaíba, com destaque para as UHEs Furnas e Emborcação. As medidas impõem restrições à vazão no início do período úmido. Simulações realizadas pelo ONS indicam que as defluências máximas médias mensais ficarão em 500m³/s e 140m³/s, respectivamente, o que corresponde a cerca de 35% e 14% de suas respectivas capacidades máximas de turbinamento. A resolução também abrange as UHEs Mascarenhas de Moraes e Itumbiara.

- Aneel deve proporsolução para cortes de geração no primeiro semestre de 2025, diz diretor-geral

O diretor-geral daAneel, Sandoval Feitosa, disse que a agência deve propor, no primeiro semestrede 2025, soluções para os cortes de geração. A expectativa é que o problema docurtailment seja revertido antes da próxima “safra dos ventos”. “É importanteque as empresas e as associações temáticas entendam que a Aneel está fazendo osseus maiores esforços. O que a gente não pode, de maneira alguma, é buscar asolução mais fácil, que é simplesmente imputar esse custo ao consumidor deenergia elétrica”, disse.

- Chuvas no verão devem garantir recuperação dos reservatórios, prevê Climatempo

A previsão da Clima tempo é que os níveis de armazenamento dos reservatórios hidroelétricos se mantenham acima dos 70% no Sudeste/Centro-Oeste, com as precipitações intensas e frequentes de outubro e novembro na bacia hidrográfica do rio Paraná devendo permanecer acima da média nos meses de verão. A configuração positiva do período úmido, elevando os níveis hídricos, possibilitou uma redução no preço da energia, do teto ao patamar mínimo, em curto espaço de tempo

- PL da abertura do mercado deve ficar para fevereiro, estima Abraceel

A Abraceel acredita que o projeto de lei para a abertura do mercado deverá ser apresentado pelo governo a partir de fevereiro. Esse horizonte deve-se à proximidade do fim de mandato dos atuais presidentes da Câmara e do Senado. A expectativa é de que o texto seja simples e sem detalhamentos sobre o processo. Entre os pontos de atenção que precisam ser endereçados está a questão de subsídios e outros custos que ficam para os consumidores pagarem.”

Fonte: Electra Clipping– Edição 25/24 de 06/12/2024

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OUTRAS INFORMAÇÕES DE HOJE

6/12/2024

- CCEE propõe aprimoramentos para o Monitoramento Prudencial: https://bit.ly/3ZkocAZ

“Entidade propõe isentar 97% dos consumidores do procedimento para focar onde há maior possibilidade de risco ao mercado”.

- Petrobras: gás de Sirius atenderá demanda interna colombiana: https://bit.ly/4glmypz

“Produção deverá suprir mercado residencial. Licenciamento será o maior desafio de projeto, que poderá ter potencial elevado em caso de sucesso em outras perfurações”.

- Âmbar compra usinas da Cemig em leilão na B3: https://bit.ly/3VpVi0Y

“Proposta de R$ 52milhões da vencedora. Hídricas somam 14,8 MW de capacidade”.

Fonte: Canal Energia

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Credenciada na Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para trabalhos de apoio ao órgão regulador

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