Donald Trump anunciou tarifas de até 50% sobre importações de diversos países, incluindo principais parceiros comerciais como Brasil e Japão. Essa decisão gerou uma reação imediata nos mercados financeiros. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, sofreu uma queda significativa de mais de 1% logo após o anúncio das tarifas. Por outro lado, os índices americanos, como o S&P 500 e o Nasdaq, inicialmente apresentaram perdas, mas rapidamente se recuperaram e atingiram máximas históricas, impulsionados por uma forte temporada de resultados corporativos positivos e uma resiliência do consumidor nos EUA.
O aumento das tarifas está criando um teste de resiliência nos mercados globais, especialmente para os países emergentes, como o Brasil. O Ibovespa continua a enfrentar um cenário desafiador, refletindo a preocupação dos investidores com o impacto das tarifas sobre as exportações brasileiras, principalmente no setor de commodities. Além disso, a desvalorização do real, com uma queda de 28,4% frente ao dólar, agrava ainda mais o cenário para o mercado local.
Índices americanos seguem em alta: os índices S&P 500 e Nasdaq voltaram a atingir máximas históricas, impulsionados por bons resultados corporativos e recuperação do consumo interno nos EUA. O S&P 500 fechou em um novo recorde, subindo 0,54%, para 6.297,36 pontos.
Impacto no Brasil: o Ibovespa segue com queda acumulada de 2,3% no mês, afetado pelas tarifas sobre setores como energia, agricultura e manufatura, com empresas como Petrobras, Vale e Embraer sofrendo perdas. A incerteza sobre as exportações brasileiras para os EUA pesa nos investidores.
Desaceleração global: o Goldman Sachs prevê que as tarifas podem reduzir o crescimento global em até 0,4% em 2025, com retaliações comerciais e desvalorização das moedas impactando negativamente o comércio mundial.
Inflação nos EUA: o JPMorgan alerta que as tarifas podem reduzir o PIB dos EUA em 1 ponto percentual, com aumento de 2% na inflação, afetando o poder de compra dos consumidores, especialmente em setores como vestuário, calçados, móveis e eletrônicos.
Testes adicionais em agosto: o impacto total será sentido após a implementação das tarifas adicionais previstas para 1º de agosto, o que pode intensificar a desaceleração do crescimento da renda disponível e afetar ainda mais o consumo.
Fonte: Desperta | exame