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BRR em Movimento: O Que o gestor de BRR Precisa Entregar ao Setor Elétrico

7/10/2025

Bruno S. Oliveira
Executivo em Base de Remuneração | Especialista em Geração de Ativos

Dentro da rotina de gestor de BRR estou liderando processos de BRR em diversos estágios, desde empresas no início de seus ciclos tarifários a empresas em etapa de desenvolvimento de Laudos para RTPs e nas últimas semanas, tive a oportunidade de reencontrar amigos e profissionais altamente qualificados, que atuam em diferentes esferas do setor elétrico — regulação, fiscalização, planejamento, consultoria e operação. São percepções acumuladas em décadas de experiência, e ainda assim com apetite para o debate, abertura para o novo e — principalmente — disposição para pensar o setor com profundidade e criticidade.

Essas conversas, ainda que dispersas, me levaram à uma reflexam: a necessidade de fortalecimento da liderança técnica como um vetor decisivo para a sustentabilidade regulatória da gestão dos ativos de uma concessionária de utilites. É nesse contexto que a gestão de ativos e a Base de Remuneração Regulatória (BRR) surgem não apenas como instrumento de cálculo, mas como ponto de conexão entre operação, estratégia e política pública.

Quero explorar neste post o papel da gestão de ativos e BRR como ponto central da engenharia regulatória do setor elétrico, evidenciar a importância de sua gestão contínua e qualificada, e destacar a responsabilidade institucional do gestor da BRR na interlocução com a alta administração das concessionárias. Não se trata apenas de seguir normas, mas de liderar com rigor, visão e propósito.

Sempre que começo um processo de RTP percebo sempre nas reuniões a presença daquele profissional que associa a BRR exclusivamente ao momento da Revisão Tarifária Periódica (RTP), como se seu produtivo se resumisse à produção de laudos, ao debate sobre índices de aproveitamento e à análise da aplicação do BPR do Valor Novo de Reposição (VNR). Na prática, a BRR é feita no dia a dia das concessionárias.

A cada adição ao Ativo Imobilizado da empresa — seja uma obra nova, uma melhoria ou mesmo uma substituição — representa uma oportunidade (e uma obrigação) de garantir que o bem será elegível à remuneração regulatória futura. Isso significa:

  • Rastreabilidade contábil;
  • Conciliação entre dados cadastrais e físicos;
  • Aderência ao disposto no submódulo 2.3 do PRORET;
  • Rigor na avaliação de obrigações especiais;
  • E alinhamento com os princípios do uso eficiente do capital.

Uma fraca governança da BRR resulta, inevitavelmente, em perda de valor. Ativos mal capitalizados, com baixa evidência física (Seja ela no razão de obras ou na BDGD) ou não adequadamente depreciados, são facilmente glosados ou penalizados na revisão tarifária. E isso impacta diretamente o retorno do capital investido — legítimo e necessário para a sustentabilidade do serviço.

A BRR, portanto, não é apenas contabilidade e obrigações regulatórias. É a gestão estratégica e inteligente de ativos. E essa gestão precisa ser contínua, criteriosa e orientada à preservação do valor econômico do serviço público prestado.

Agora considerando que a evolução e construção da BRR é contínua, sua defesa e atuação institucional também precisam ser permanentes. O gestor técnico de BRR não pode se resumir em suas planilhas, sistemas e processos. Ele deve estar inserido e atuante no fluxo decisório da concessionária, interagindo e apoiando com as áreas de planejamento, engenharia e, sobretudo, com a alta liderança.

É esse gestor que deve ter clareza para responder perguntas que vão muito além da metodologia:

  • Vale a pena investir em determinada ampliação da rede, considerando a taxa de remuneração regulatória vigente?
  • A alternativa de leasing de equipamentos compromete ou fortalece a formação da BRR?
  • A estruturação de um novo centro de operação será reconhecida na base? Como os custos de adaptação serão tratados?

O gestor de BRR, quando atuando neste enforque, precisa ter a capacidade de traduzir o regulatório em impacto econômico-financeiro. É o elo entre a linguagem do engenheiro, do contador e do diretor financeiro.

O líder técnico de BRR deve ser um conselheiro estratégico dentro da organização. Seu papel não se limita a “defender a base” na revisão — ele orienta investimentos, baliza decisões de capital e protege o retorno da concessão.

Essa atuação, para ser efetiva, precisa vir acompanhada de legitimidade institucional. E essa legitimidade não se conquista apenas por cargo ou função, mas pelo acúmulo de conhecimento, postura técnica firme e suporte organizacional.

A Base de Remuneração Regulatória é, silenciosamente, o ponto de sustentação de toda a lógica econômico-financeira da distribuição de energia elétrica no Brasil.

A BRR é a variável regulatória que, quando corretamente gerida, garante a atratividade de capital para o setor — pois assegura que, uma vez feito o investimento de forma adequada, ele será reconhecido e remunerado nos termos contratualmente previstos.

A ausência de foco em BRR — ou mesmo tratá-la como um detalhe técnico — é comprometer a viabilidade da distribuição de energia elétrica. É enfraquecer o sinal econômico dado ao investidor. É obscurecer a relação entre investimento e qualidade do serviço prestado.

Frente a todo esse panorama, quando falamos em liderança técnica, estamos falando em quem assume para si a responsabilidade de manter esse pilar firme. De fazer da BRR uma ferramenta de geração de valor, e não apenas de apuração regulatória.

As transformações do nosso setor não param: descentralização, digitalização, ESG, novos modelos de remuneração, totex e novas formas de prestação de serviço. Mas, no centro disso tudo, continua a existir a necessidade de reconhecer e remunerar adequadamente os ativos que sustentam essa transformação.

Por isso, este é um convite — não apenas à discussão técnica —à nossa responsabilidade institucional. Precisamos de mais profissionais com visão crítica, domínio regulatório e compromisso com a entrega. Profissionais que entendam que a liderança da BRR é, antes de tudo, um ato de serviço ao setor, à sociedade e ao futuro da energia no Brasil.

Fonte: https://brunosoliveira.blogspot.com/

FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA VOLTS BY CANALENERGIA – 180ª EDIÇÃO DE 14/10/2025

14/10/2025

EXCLUSIVO

Todo mundo precisa praticar e entender de economia circular. É mais um tema urgente ao qual o CanalEnergia está bastante atento. Por isso, entendemos que também nos cabe a missão de compartilhar o que está acontecendo de mais atual nessa área. Imbuída desse espírito, a repórter Michele Rios produziu a robusta reportagem especial desta semana, com um panorama completo. Sem exagero, em especial no setor energético, a economia circular representa uma revolução. Isso porque, ao focar em fontes renováveis e no reaproveitamento de materiais, substitui o modelo tradicional baseado em combustíveis fósseis. Este novo paradigma visa reduzir custos, diminuir a dependência de importações e criar novos negócios a partir do reuso de equipamentos. A Absolar, por exemplo, destaca o papel estratégico da energia solar na descarbonização e circularidade. Dados apontam um potencial de geração de valor de US$ 450 milhões até 2030 apenas com a recuperação de materiais. No entanto, a implementação enfrenta desafios consideráveis. Uma pesquisa da CNI revelou que apenas 30% das empresas entrevistadas sabiam o que é economia circular. Além da lacuna de conhecimento, existem obstáculos regulatórios e logísticos, incluindo a inadequação dos modelos atuais de logística reversa para equipamentos fotovoltaicos, a necessidade de mão de obra especializada e a estruturação de uma cadeia robusta em um país continental. Nesse contexto, a ausência de uma política específica e integrativa para a economia circular também é um desafio notório.

ECONOMIA

O organograma do MME vai ganhar mais uma “caixinha”. O ministro Alexandre Silveira anunciou a criação da Secretaria Nacional de Eletromobilidade dentro do ministério. De acordo com ele, é importante que haja um planejamento desse tema no médio prazo, garantindo a atração de investimentos. A propósito,  o emplacamento de veículos elétricos leves registrou crescimento de 51% de janeiro a setembro.

Ainda sobre o MME, a Pasta trabalha na elaboração de planos de aceleração de soluções nas áreas de energia, mineração e combustíveis sustentáveis. As propostas abrangem sete temas que serão apresentados na COP30, em Belém (PA). A ideia é criar um fluxo de entregas, com ações até 2028. É nessa data, que todos os países farão o segundo balanço global dos avanços em relação às metas do Acordo de Paris.  Sebo nas canelas, para atender o prazo!

Foi no sufoco, na bacia das almas da aprovação da Medida Provisória 1300, mas deu certo. O presidente Lula sancionou a Lei 15.235, conversão da MP, que tem como principal item a ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica e a isenção do pagamento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) para famílias de baixa renda. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, com direito aos tradicionais discursos entusiasmados do presidente Lula.

Não há nada a temer. Pelo menos é o que garante o ONS (Operador Nacional do Sistema). De acordo com projeções, o atendimento energético está garantido até março de 2026. Os reservatórios das hidrelétricas apresentaram evolução dentro do esperado durante o período seco. A avaliação foi feita na reunião mensal do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico).

POLÍTICA

A Justiça Federal determinou a suspensão do processo de renovação antecipada da concessão da concessionária. A sentença foi proferida pela 12ª Vara Cível Federal de São Paulo, em resposta a uma ação da Prefeitura de São Paulo. A decisão interrompe o trâmite até que o processo sobre a eventual caducidade do contrato seja resolvido. O juiz exigiu ainda que a Aneel avalie rigorosamente o cumprimento do requisito de “serviço adequado” no período de 2023 a 2025. O diretor-Geral da Aneel, Sandoval Feitosa, Feitosa, já havia afirmado, aliás, que o processo sobre as falhas da Enel SP - que resultou em multas e pode levar à caducidade - deveria avançar antes do pedido de renovação. Ele ponderou na oportunidade, que não via possibilidade de deliberar favoravelmente sobre a prorrogação sem a resolução do processo instrutório. Acrescentou que a aprovação antecipada teria que retornar à agência caso a caducidade fosse posteriormente recomendada. A Enel SP, por seu lado, reitera que cumpre os critérios estabelecidos para a prorrogação e que investe em melhorias contínuas do serviço.

CONSUMO E COMPORTAMENTO

Legal que o presidente Lula tenha conseguido anunciar a ampliação da Tarifa Social para baixa renda. Mas a vida financeira das demais classes de consumidores continua difícil de administrar.  O fim da incorporação do bônus de Itaipu trouxe uma variação de 2,97% em setembro ao grupo Habitação, que compõe o IPCA Amplo. Energia teve alta de 10,31% no mês, sendo o principal impacto individual no índice no mês, com 0,41 ponto percentual. É, pelo menos, a segunda vez que isso acontece em meses recentes. Mas, não está fácil pra ninguém, mesmo. Até o ACL vem amargando aumentos salgados. O custo da energia em 2026 aos consumidores livres pode subir em até R$ 65 por MWh, conforme análise da Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia). Na prática, isso equivale a um impacto médio real da ordem de 5% a 12% sobre as despesas com eletricidade.

CCEE – SELO INNOVATIVE WORKPLACES BRASIL

A Câmara recebeu, pela segunda vez, o selo Innovative Workplaces Brasil, concedido pela MIT Technology Review, uma das publicações mais prestigiadas do mundo em tecnologia e inovação. Mas, o ONS não fica atrás em excelência. O Operador conquistou, pela primeira vez, três certificações ISO que reforçam seu compromisso com a sustentabilidade e a eficiência na gestão de suas atividades: Sistemas de Gestão Ambiental (ISO 14001), de Gestão de Energia (ISO 50001) e de Facilities (ISO 41001).

FISCALZAÇÃO ANEEL

A agência puxou o seu implacável talão de multas e tascou pelo menos umas quatro, recentemente. Os “contemplados” foram: Equatorial Goiás, Equatorial Amapá (CEA), TermoPernambuco e a PCH Cambuí. As penalidades somam, no total, coisa de uns  R$ 37,5 milhões. Os motivos são bem variados. Vão desde o atraso em obras, no caso da PCH, a falhas em restabelecimento de energia, caso da CEA, passando pelo uso não autorizado de informações, caso da Equatorial Goiás, até frustração de despacho, caso da TermoPernambuco.

Esta semana promete emoções fortes.

A começar pelos debates envolvendo a MP 1304, que entrou em rápida contagem regressiva, repetindo o drama da MP 1300. O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), sinalizou que vai dar celeridade ao processo. A previsão é que por esses dias ocorram audiências públicas. Os lugares na plateia, aliás, vão ser bem concorridos. Veja aqui na Volts mais detalhes sobre o plano do relator.

Para os lados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), vamos à segunda edição do chamado circuito deliberativo. Muito suspense em torno de um processo, em particular. Justamente aquele que envolve a controversa alteração no estatuto da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Vamos acompanhar tudo.

Fora isso, a expectativa não é menor em torno do destino da renovação do contrato de concessão da Enel SP. A Justiça decidiu barrar o processo. O mercado aguarda ansioso os próximos passos desse caso rumoroso. Saiba aqui a posição da Aneel, que já estava prevendo alguns obstáculos na tramitação.

E a boa notícia para os fãs do ENERGY TalkTechs é que temos uma nova edição programada. Vai ser um debate bacana sobre como o setor energético está sendo transformado por tecnologias emergentes e inteligência artificial, em um cenário marcado por eventos climáticos extremos, exigências regulatórias rigorosas e a crescente pressão por fontes de energia sustentáveis e renováveis. Imperdível!  

Alexandre Canazio

editor-chefe do CanalEnergia”

Fonte: VOLTS BY CANALENERGIA – 180ª EDIÇÃO DE 14/10/2025

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FRASE DA SEMANA

14/10/2025

“Explicar um erro é sempre honroso.”

Autor: Machado de Assis

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Resumo das Notícias de Hoje

13/10/2025

Dia 13 de outubro de 2025, segunda-feira

- REGULAMENTAÇÃO DO H2 (cop 30)

A indústria do hidrogênio verde está na expectativa de ver os decretos que regulamentam as leis do Marco Legal serem publicados na COP 30. De acordo com a presidente executiva da ABIHV, Fernanda Delgado, os textos já foram encaminhados à Casa Civil e tudo indica que serão publicados durante o evento que acontece mês que vem em Belém (PA). Serão dois decretos, um para cada lei, de 2024. Um dos pontos mais esperados é o justamente o segundo, que trata da distribuição de R$ 18 bilhões de recursos para incentivar a indústria.

> Saiba mais na notícia “Regulamentação do H2 deve ser publicada na COP 30”: https://bit.ly/4q8p6wM

- PERSPECTIVA DOS RESERVATÓRIOS (geração)

Os reservatórios do Sistema Interligado Nacional devem chegar em março de 2026 com armazenamento entre 53,7% e 81,3%. Essa são as visões pessimistas e otimistas de acordo com análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgado nessa sexta-feira, 10 de outubro. Enquanto isso, as projeções de afluência estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT) no cenário inferior (69% da MLT) e no cenário superior, onde alcança 100% da MLT.

> Continue a leitura na notícia “ONS projeta reservatórios entre 53,7% e 81,3% em março de 2026”: https://bit.ly/42BQPMv

- ENEL SP (distribuição)

A Justiça Federal determinou que a Agência Nacional de Energia Elétrica suspenda o processo de renovação antecipada da concessão da Enel São Paulo até decisão final em processo que pode resultar na caducidade do contrato atual.

Leia mais em “Justiça suspende prorrogação antecipada da concessão da Enel SP”: https://bit.ly/3W2Ds4k

- EVENTOS (canalenergia)

Brazil Windpower

Data: 28-30 de outubro

Local: São Paulo Expo - SP

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- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

Embaixador admite decepção com atraso em compromissos de redução de emissões: https://bit.ly/4h3ejQo

Correa do Lago citou economias importantes como EU. Governo brasileiro antecipou sua NDC e esperava que demais países apresentassem suas propostas até fevereiro desse ano.

MME prepara planos de aceleração de soluções em energia, mineração e combustíveis: https://bit.ly/4nJX3Ch

Propostas vão abranger sete temas, que serão apresentados nas negociações da COP 30, em Belém.

MME vai criar Secretaria para Eletromobilidade: https://bit.ly/48KxsVt

Estado do Pará deverá ter alívio nas contas com uso de recurso do Uso do Bem Público.

Fonte: CanalEnergia

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DO ELECTRA ENERGY/CLIPPING Ed. 20/2025 de 10/10/2025

13/10/2025

- Demanda por minerais estratégicos para geração de energia vai crescer 54% em dez anos, estima EPE

A demanda por minerais estratégicos e críticos pelo setor energético deve crescer nos próximos dez anos, especialmente na geração renovável e nos veículos elétricos, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Estudos de planejamento da empresa apontam que a capacidade instalada de geração elétrica no país vai crescer 35% até 2034, ao passo que a composição mineral da matriz elétrica deve aumentar 54%. Eólicas e solares são as fontes com maior uso de minerais e devem manter essa composição em 2034.

- Setembro registra expansão de 1,4 GW na matriz elétrica somente com fontes renováveis

Em setembro, entraram em operação 27 novas usinas de geração de energia elétrica no país, somando 1,4 GW, incluindo 17 solares e 08 eólicas. Os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também mostram que, no ano, houve uma expansão de 5,9 GW no parque gerador brasileiro, com a inauguração de 97 usinas. Desse total, 12 são termelétricas (2,5 GW), 35 solares (1,7 GW) e 37 eólicas (1,5 GW). Dentre os estados que mais receberam projetos estão Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte.

- Silveira diz que abertura do mercado livre beneficia classe média

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD/MG), defendeu que a abertura do mercado livre de energia elétrica vai beneficiar a classe média ao “acabar com o monopólio das distribuidoras” na venda ao consumidor final. Silveira defendeu o avanço no Congresso das discussões da medida provisória 1304/2025, a MP dos Vetos. “Quem comprar energia no mercado livre compra 20% mais barato”, disse.

- Brasil ignora seu maior trunfo energético

O mundo já escolheu sua principal aposta para o armazenamento de energia em larga escala: as usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs), responsáveis por mais de 94% de toda a capacidade global de armazenamento. Mas o Brasil, que detém expertise mundial em hidroeletricidade, não conta hoje com nenhuma UHR em operação. Estudos recentes identificaram cerca de 5.500 aproveitamentos viáveis para usinas do tipo no território nacional, muitos dos quais poderiam utilizar reservatórios já existentes. Essa abundância de alternativas reforça o potencial técnico e geográfico do Brasil para liderar globalmente na adoção dessa tecnologia.

- Aneel muda regra para reduzir desconto bilionário a geradores de energia renovável

A Aneel aprovou uma mudança nas regras para a concessão de benefícios tarifários a usinas de geração renovável: apenas empreendimentos de até 300 MW de potência injetada passam a ter direito ao benefício tarifário. A alteração cumpre determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Com a mudança, o órgão regulador passou a adotar nas outorgas o conceito de “complexo de geração”, que considera tanto o compartilhamento de infraestrutura (ponto de conexão com a rede elétrica) pelas usinas quanto uma avaliação societária de seus donos.

- MP 1300 e MP 1304: o impacto das medidas provisórias no setor elétrco

As discussões sobre as mudanças no setor elétrico não se encerram com a aprovação da MP 1300, mas se projetam sobre a 1304, que carrega os pontos de maior impacto para a modernização do setor. Considerando o cenário atual, será necessário um esforço expressivo de articulação entre os atores setoriais para construir consensos relevantes. Sem isso, corre-se o risco de perpetuar o status quo e, pior, de ver o sistema elétrico colapsar diante de uma realidade operacional cada vez mais complexa, marcada pela inserção exponencial de fontes renováveis e pela urgência em modernizar redes físicas e digitais. A avaliação é de Wagner Ferreira, sócio do Caputo, Bastos e Serra Advogados.

- Babilônia e Electra inauguram sistema de carregamento para carros elétricos

O Grupo Electra, referência em soluções inteligentes de energia, e o Babilônia, referência na cena gastronômica de Curitiba, inauguraram um sistema de carregamento de veículos elétricos no estacionamento do restaurante. A iniciativa conecta a preocupação de ambas as empresas com a inovação, a sustentabilidade e a prestação de serviços diferenciados para seus clientes.

- Sem mercado de capacidade, bateria não é viável para reduzir curtailment

Os sistemas de baterias no Brasil se tornarão viáveis principalmente com o empilhamento de receitas e do mercado de capacidade, por meio de leilões. Para Matheus Dias, da Aurora Energy Research, mesmo diante de um contexto de alto curtailment e risco de modulação para energia solar, as baterias ainda não são viáveis no modelo merchant. Estudo da consultoria a pedido da Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae) demonstrou que a contratação de 1 GW em baterias em um leilão de reserva de capacidade pode gerar uma economia de até R$ 4,6 bilhões em comparação com mesmo volume contratado em usinas termelétricas a gás natural.

- Senado discute se prejuízo do curtailment deve ir para a conta de luz

A discussão sobre os cortes de geração de energia precisa ser feita com cautela e profundidade para evitar que os custos bilionários sejam repassados aos consumidores de energia, que já pagam os subsídios que resultaram no crescimento acelerado da geração. O alerta foi feito em audiência pública sobre o tema na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado. No evento, foram feitas ponderações sobre os motivos dos cortes e tentativas de minimizar o problema, incluindo mudanças nas regras de ressarcimento e possibilidade de dividir o custo com a MMGD.

- Produção de energia limpa é atrativo para empresas investirem no Brasil

A energia renovável é um grande valor agregado para empresas que querem entrar no Brasil, segundo Thomas Kwan, vice-presidente do Instituto de Pesquisas de Sustentabilidade da Schneider Electric. “Isso é uma espécie de ímã”, afirmou. Mas ainda existe um gargalo para distribuição de energia limpa, devido ao fato de que há muitos parques geradores eólicos e solares no Nordeste do Brasil, enquanto o consumo de energia elétrica se concentra na região Sudeste e o sistema de transmissão não atende toda a oferta.

- Companhia oferece energia limpa para empresas e residências

O objetivo do Grupo Electra é transformar energia em oportunidades, por meio da oferta de soluções inteligentes para que empresas e pessoas tenham acesso à energia de forma limpa, acessível e estratégica. “Estruturados em diferentes segmentos de mercado, nos posicionamos como uma companhia de soluções completas no setor, unindo economia, sustentabilidade e inovação”, disse o presidente do Grupo, Claudio F. Alves. A Electra Comercializadora, especializada no atendimento de consumidores de média e alta tensão, é a espinha dorsal do grupo. Somadas a ela, estão Electra Illian (painéis solares fotovoltaicos), Electra Hydra (responsável por 24 pequenas centrais hidrelétricas) e Electra Wind (projetos eólicos), além da Electra Soluções, que atua em infraestrutura energética.

Fonte: ELECTRA ENERGY/CLIPPING Ed. 20/2025 de 10/10/2025

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PARA LER COM CALMA

11/10/2025

Para quem está na correria e não conseguiu acompanhar os assuntos dessa semana, aqui vai um resumo:

Curtailment

- Os cortes de geração renovável atingiram 6.640 MW médios em setembro, um recorde histórico segundo dados atualizados da Volt Robotics, superando agosto em 14%. https://bit.ly/3IwFlTJ

- Principais motivos do curtailment no ano:

45% devido à falta de demanda (Razão Energética).

40% por questões de confiabilidade elétrica.

15% por razões externas.

https://bit.ly/4o9paL6

MP 1304

- Transmissoras propõem ampliar prazos de concessão de 30 para 40 anos na MP 1304, alegando que o tempo atual é insuficiente para amortizar investimentos.  https://bit.ly/4nCx4N7

- Aneel alerta para riscos de emendas que podem agravar o excesso de energia e cortes de geração.  https://bit.ly/48gSV87

- Senador Eduardo Braga (MDB-AM) sugere 2 semanas para votação da MP, que está próxima do fim da vigência.  https://bit.ly/4nKrIQ5

Empresas e Negócios

- J&F iniciou processo de compra da Roraima Energia (Oliveira Energia) e de UTEs, aguardando aprovação do Cade e Aneel.  https://bit.ly/4oaPDrL

- Light planeja participar do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) com projeto hidrelétrico de 160 MW no RJ.  https://bit.ly/42zhQ34

- Lote 3 do Leilão de Sistemas Isolados tem recursos de empresas contra a vitória do Consórcio IFX You.On. https://bit.ly/47cbgC5

- Equatorial Goiás multada em R$ 15 milhões por uso indevido de dados comerciais. https://bit.ly/4nLbrKM

Crescimento da Matriz Elétrica

- 1,4 GW adicionados em setembro, todos de fontes renováveis:

17 usinas solares (934,72 MW)

8 eólicas (391,5 MW)

1 hidrelétrica (50 MW) e 1 PCH (24 MW)

https://bit.ly/4h8XNhY

Regulação e Operação

- ONS garante atendimento energético até março de 2026, com reservatórios dentro do esperado.  https://bit.ly/4q9A2dU

- Aneel estabelece novas regras para evitar fracionamento de usinas em busca de descontos nas tarifas TUST e TUSD. https://bit.ly/48SLEeM

Outros

- PSR alerta para a necessidade do Brasil precisa ficar atento com a questão da política tarifária devido à atração de grandes consumidores (mineração, data centers). https://bit.ly/47aWWtE

Fonte: CanalEnergia

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Soluções no Setor Elétrico

Nossa expertise no Setor Elétrico é resultado de diversos projetos executados por nossos profissionais em empresas de Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização.

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