- Subsídios a granel
“Conforme o tempo vai passando e subsídios a granel vão se acumulando, fazendo as tarifas pesarem cada vez mais no bolso dos consumidores cativos, mais se aprofunda o abismo em relação à economicidade de compra à disposição dos consumidores livres, que podem escolher de quem e quando comprar energia elétrica. Os conselhos representativos dos consumidores fazem o que podem para defender o lado mais fraco da corda, (...). Até a Aneel reconhece que algo precisa mudar – e rápido – conforme aponta a reportagem especial desta semana do Canal Energia, mais uma vez a cargo da nossa correspondente em Brasília, Sueli Montenegro. Ela aprofundou a pesquisa e conversou com muitas fontes para entender melhor o que se passa num país que tem energia sobrando, variedade enorme de modalidades de geração, só que ostenta uma das contas de luz mais caras do mundo. (...) o relato completo desta jornada reveladora está disponível somente para os participantes da comunidade do Canal Energia.”
- Gestão das concessões de distribuição do Grupo Enel
“Durante a reunião do G20 no Rio de Janeiro, o ministro de Minas e Energia não perdeu a oportunidade. Ao encontrar a primeira-ministra da Itália foi direto ao assunto. Reforçou a preocupação do governo brasileiro com a gestão das concessões de distribuição do Grupo Enel em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará – estado onde, aliás, a Companhia acaba de ganhar uma multa de R$ 10 milhões. Durante coletiva de imprensa, Silveira chegou a dizer que deu cartão amarelo, mas puxando já para o vermelho. Complementou, afirmando que existe uma centralização decisória muito grande da empresa na Itália, o que dificulta uma disponibilidade de respostas mais rápidas. Aí, numa teleconferência que a Enel promove anualmente para investidores, o CEO mundial, Flávio Cattaneo, enfatizou a importância de manter as concessões brasileiras como parte da estratégia da empresa, apesar das críticas e das penalidades recentes. A expectativa, segundo o executivo, é que, com investimentos robustos e uma abordagem mais descentraliza, a Enel possa melhorar sua performance e atender às exigências do governo, promovendo um ambiente energético mais resiliente e sustentável. O Brasil se destaca como o principal destino dos investimentos da Enel Américas, com um aporte de US$ 7,5 bilhões previsto entre 2025 e 2027. (...).”
- Há quem diga até, que o futuro da distribuição de energia vai nessa direção
“A CPFL Energia inaugurou o projeto CampusGrid em Campinas, com um investimento de R$ 45,3 milhões. Trata-se uma microrrede que integra geração e armazenamento de energia. O projeto foi desenvolvido em parceria com instituições brasileiras e chinesas. A iniciativa contribui ainda significativamente para a transição energética, promovendo o uso de tecnologias limpas e renováveis.”
- Furnas foi condenada pela Justiça do Trabalho
“Ficaram comprovadas sérias falhas de segurança nas suas operações. A empresa, subsidiária da Eletrobras, foi penalizada por manter operadores em condições que violam a Norma Regulamentadora nº 10, que exige a presença de ao menos três trabalhadores em locais com risco de choque elétrico. A decisão destacou a negligência da empresa em adaptar-se voluntariamente às normas, optando por contestar judicialmente, o que resultou em uma condenação definitiva com multas pesadas.”
- Novo leilão para sistemas isolados
“Não se fala em outra coisa ultimamente do que a necessidade urgente de preservação da Amazônia. Nada mais contraditório, portanto, do que manter geração elétrica movida a combustíveis fósseis, bem no coração da floresta, como acontece há décadas. Demorou, mas o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou a realização de um novo leilão para sistemas isolados previsto para maio de 2025, com investimento total de R$ 452 milhões. Uma das diferenças nesse certame é a obrigatoriedade de que 22% da energia contratada provenha de fontes renováveis, com incentivos para soluções que integrem energia solar, armazenamento e geração térmica. Além disso, as propostas deverão incluir planos de logística para suprir combustíveis considerando possíveis contingências climáticas. O objetivo é contratar 49 MW para atender a 169 mil pessoas em dez localidades da Amazônia Legal, abrangendo áreas nos estados do Pará e do Amazonas. A iniciativa é parte do Programa Energia da Amazônia, que busca beneficiar 3,1 milhões de pessoas que vivem fora do Sistema Interligado Nacional (SIN).”
Fonte: 139ª EDIÇÃO, DA VOLTS BY CANALENERGIA – 26/11/2024