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BRR em Movimento: O Que o gestor de BRR Precisa Entregar ao Setor Elétrico
7/10/2025
Bruno S. Oliveira Executivo em Base de Remuneração | Especialista em Geração de Ativos
Dentro da rotina de gestor de BRR estou liderando processos de BRR em diversos estágios, desde empresas no início de seus ciclos tarifários a empresas em etapa de desenvolvimento de Laudos para RTPs e nas últimas semanas, tive a oportunidade de reencontrar amigos e profissionais altamente qualificados, que atuam em diferentes esferas do setor elétrico — regulação, fiscalização, planejamento, consultoria e operação. São percepções acumuladas em décadas de experiência, e ainda assim com apetite para o debate, abertura para o novo e — principalmente — disposição para pensar o setor com profundidade e criticidade.
Essas conversas, ainda que dispersas, me levaram à uma reflexam: a necessidade de fortalecimento da liderança técnica como um vetor decisivo para a sustentabilidade regulatória da gestão dos ativos de uma concessionária de utilites. É nesse contexto que a gestão de ativos e a Base de Remuneração Regulatória (BRR) surgem não apenas como instrumento de cálculo, mas como ponto de conexão entre operação, estratégia e política pública.
Quero explorar neste post o papel da gestão de ativos e BRR como ponto central da engenharia regulatória do setor elétrico, evidenciar a importância de sua gestão contínua e qualificada, e destacar a responsabilidade institucional do gestor da BRR na interlocução com a alta administração das concessionárias. Não se trata apenas de seguir normas, mas de liderar com rigor, visão e propósito.
Sempre que começo um processo de RTP percebo sempre nas reuniões a presença daquele profissional que associa a BRR exclusivamente ao momento da Revisão Tarifária Periódica (RTP), como se seu produtivo se resumisse à produção de laudos, ao debate sobre índices de aproveitamento e à análise da aplicação do BPR do Valor Novo de Reposição (VNR). Na prática, a BRR é feita no dia a dia das concessionárias.
A cada adição ao Ativo Imobilizado da empresa — seja uma obra nova, uma melhoria ou mesmo uma substituição — representa uma oportunidade (e uma obrigação) de garantir que o bem será elegível à remuneração regulatória futura. Isso significa:
Rastreabilidade contábil;
Conciliação entre dados cadastrais e físicos;
Aderência ao disposto no submódulo 2.3 do PRORET;
Rigor na avaliação de obrigações especiais;
E alinhamento com os princípios do uso eficiente do capital.
Uma fraca governança da BRR resulta, inevitavelmente, em perda de valor. Ativos mal capitalizados, com baixa evidência física (Seja ela no razão de obras ou na BDGD) ou não adequadamente depreciados, são facilmente glosados ou penalizados na revisão tarifária. E isso impacta diretamente o retorno do capital investido — legítimo e necessário para a sustentabilidade do serviço.
A BRR, portanto, não é apenas contabilidade e obrigações regulatórias. É a gestão estratégica e inteligente de ativos. E essa gestão precisa ser contínua, criteriosa e orientada à preservação do valor econômico do serviço público prestado.
Agora considerando que a evolução e construção da BRR é contínua, sua defesa e atuação institucional também precisam ser permanentes. O gestor técnico de BRR não pode se resumir em suas planilhas, sistemas e processos. Ele deve estar inserido e atuante no fluxo decisório da concessionária, interagindo e apoiando com as áreas de planejamento, engenharia e, sobretudo, com a alta liderança.
É esse gestor que deve ter clareza para responder perguntas que vão muito além da metodologia:
Vale a pena investir em determinada ampliação da rede, considerando a taxa de remuneração regulatória vigente?
A alternativa de leasing de equipamentos compromete ou fortalece a formação da BRR?
A estruturação de um novo centro de operação será reconhecida na base? Como os custos de adaptação serão tratados?
O gestor de BRR, quando atuando neste enforque, precisa ter a capacidade de traduzir o regulatório em impacto econômico-financeiro. É o elo entre a linguagem do engenheiro, do contador e do diretor financeiro.
O líder técnico de BRR deve ser um conselheiro estratégico dentro da organização. Seu papel não se limita a “defender a base” na revisão — ele orienta investimentos, baliza decisões de capital e protege o retorno da concessão.
Essa atuação, para ser efetiva, precisa vir acompanhada de legitimidade institucional. E essa legitimidade não se conquista apenas por cargo ou função, mas pelo acúmulo de conhecimento, postura técnica firme e suporte organizacional.
A Base de Remuneração Regulatória é, silenciosamente, o ponto de sustentação de toda a lógica econômico-financeira da distribuição de energia elétrica no Brasil.
A BRR é a variável regulatória que, quando corretamente gerida, garante a atratividade de capital para o setor — pois assegura que, uma vez feito o investimento de forma adequada, ele será reconhecido e remunerado nos termos contratualmente previstos.
A ausência de foco em BRR — ou mesmo tratá-la como um detalhe técnico — é comprometer a viabilidade da distribuição de energia elétrica. É enfraquecer o sinal econômico dado ao investidor. É obscurecer a relação entre investimento e qualidade do serviço prestado.
Frente a todo esse panorama, quando falamos em liderança técnica, estamos falando em quem assume para si a responsabilidade de manter esse pilar firme. De fazer da BRR uma ferramenta de geração de valor, e não apenas de apuração regulatória.
As transformações do nosso setor não param: descentralização, digitalização, ESG, novos modelos de remuneração, totex e novas formas de prestação de serviço. Mas, no centro disso tudo, continua a existir a necessidade de reconhecer e remunerar adequadamente os ativos que sustentam essa transformação.
Por isso, este é um convite — não apenas à discussão técnica —à nossa responsabilidade institucional. Precisamos de mais profissionais com visão crítica, domínio regulatório e compromisso com a entrega. Profissionais que entendam que a liderança da BRR é, antes de tudo, um ato de serviço ao setor, à sociedade e ao futuro da energia no Brasil.
BRR em Movimento: Uma Conversa com Tomaselli Sobre Fiscalização e Inovação
8/10/2025
O BRR em Foco começou como um projeto pessoal de compartilhar minha experiência e visão sobre Base de Remuneração Regulatória (BRR) e Gestão de Ativos. Desde que comecei, foram mais de 15 artigos, lidos em 17 países diferentes e com mais de 5.000 visualizações, o que me traz muito orgulho desse resultado. Sempre busquei apresentar minha visão sobre o tema, analisando os desafios regulatórios, as mudanças metodológicas e a modernização da fiscalização.
Mas agora, acredito que é o momento de abrir essa visão e tornar este espaço um ponto de encontro para outras perspectivas, trazendo outros profissionais que, assim como eu, estão diretamente envolvidos nesse contexto desafiador que é o setor elétrico brasileiro.
Para começar, convidei Luis Cândido Tomaselli, especialista em regulação da SFF na ANEEL e um dos responsáveis pela criação do Bulldozer, ferramenta que vem revolucionando a fiscalização econômica e financeira do setor elétrico.
Tomaselli na sua trajetória, dentro da ANEEL, participou de equipes focadas no desenvolvimento de ferramentas regulatórias, como CTR, PCAT, SISCVA e BANTAR. Nesta conversa, ele compartilha sua visão sobre os avanços da fiscalização regulatória, os impactos do Bulldozer e o futuro da BRR nas concessionárias.
Abaixo, a entrevista completa, com meus comentários sobre cada tema abordado.
Entrevista: A Evolução da BRR e o Papel do Bulldozer
Você tem uma trajetória acadêmica e profissional muito sólida. Como foi sua jornada até chegar à SFF na ANEEL? O que te motivou a atuar na área regulatória?
Tomaselli:
"Antes de ingressar na ANEEL, meu foco era majoritariamente acadêmico. Minha formação é em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica de Potência, e minha trajetória anterior à ANEEL foi exclusivamente voltada à formação acadêmica. Todavia, durante o doutorado, na UFSC, precisei refletir sobre meu futuro profissional. Na época, em 2005, avaliei as oportunidades disponíveis e soube que a ANEEL estava compondo seu primeiro quadro de servidores efetivos. Encarei isso como uma possibilidade interessante, principalmente dado o contexto da época.
Na ANEEL, pude trabalhar em diversas equipes e processos. Por exemplo, na SRD (atual STD), participei da equipe responsável pela implantação da TUSDg e pela criação do CTR, que substituiu o TARDIST. Na SRE (atual STR), tive oportunidade de contribuir com equipes que desenvolveram a planilha automatizada de cálculo de tarifas (PCAT), a planilha de apuração da CVA (SISCVA) e o banco de tarifas (BANTAR). Já na SFF, atuei na implantação do RIT, do banco de pagamentos e nos processos de base e de validação da CVA.
Posso dizer que tive sorte durante esse período na agência, por encontrar boas equipes de trabalho e com disposição de mudar os processos."
Sua contribuição para o Bulldozer foi fundamental para transformar a fiscalização regulatória. Quais os maiores benefícios que você enxerga após sua implementação? E quais são os próximos desafios para a ferramenta?
Tomaselli:
"Vendo em perspectiva, sou apenas um dos elementos que estão por trás do processo. Existem muitas ações necessárias para se chegar aonde estamos, e o resultado é a soma de cada contribuição. Antes, tínhamos procedimentos muito disformes, padrões não muito definidos, e a eficiência dependia muito das pessoas, aumentando a possibilidade de erros e retrabalho.
Podemos dizer que a fase inicial focou na melhora da leitura dos problemas, buscando estruturar e estabelecer um fluxo organizado de dados, contudo, ainda com soluções pontuais. Com o tempo, começamos a definir uma estrutura conceitual de como lidar com parte significativa do trabalho e, principalmente, ter um conjunto de ferramentas e dados mais padronizados, de forma a sermos mais consistentes, reduzindo variações e melhorando a previsibilidade.
Agora, estamos trabalhando para implementar ferramentas analíticas de maior nível, para passarmos a um estado de monitoramento contínuo, com ênfase na previsão e prevenção."
Essa digitalização da fiscalização tende a se expandir para outras áreas dentro da ANEEL? Como você enxerga o papel da inovação nesse processo regulatório?
Tomaselli:
"A primeira questão é muito difícil, pois envolve a estratégia da organização. Mas, independentemente da estratégia adotada, e respondendo à segunda questão, a digitalização permite a implantação de soluções interessantes, como usar abordagem RAG, sistemas multiagentes para automações mais elaboradas, criar hubs de dados, etc. O desafio é integrar tudo de forma simples e acessível a todos."
As concessionárias estão conseguindo se adaptar bem às novas ferramentas e exigências?
Tomaselli:
"Penso que já passamos da fase reativa, mas acredito que temos algo que ainda está em processo de amadurecimento. E, interessante, gostaria de observar que esse processo de reação, interno e externo, até agora, resultou em ampliação de possibilidades e testes, nunca em redução.
Dito isso, porém, olhando para o mundo que temos acesso, fica muito difícil de opinar sem vivenciar o dia a dia das dificuldades das equipes das empresas. Por isso, o encurtamento das discussões, com fiscalizações in loco, contribui para um avanço mais equilibrado da agenda evolutiva de exigências por parte da fiscalização."
As equipes de BRR dentro das concessionárias estão evoluindo no mesmo ritmo da ANEEL?
Tomaselli:
"Considerando o que foi realizado no tempo disponível, posso afirmar que as empresas conduziram esforços de maneira estruturada e eficiente, em diferentes graus. Mas, no geral, observo que as equipes de base das empresas de distribuição, incluindo contratadas, merecem muito crédito.
Hoje, todas demonstram uma capacidade ampliada para lidar com o processo de fiscalizações econômica e financeira, em comparação a 2017, quando essa jornada começou."
O posicionamento assertivo e claro de Luis Cândido Tomaselli reforça o que já era evidente para quem acompanha o setor elétrico e sua constante evolução: a fiscalização da BRR não é um processo estático e está em um ciclo contínuo de transformação irreversível. A digitalização e a padronização das análises estão tornando o processo mais estruturado, transparente e previsível, trazendo desafios tanto para a ANEEL quanto para as distribuidoras.
A fase de alta discricionariedade e dependência de parceiros externos para a fiscalização ficou para trás. Hoje, há um esforço contínuo para fortalecer a isonomia, estruturar os dados e reduzir a subjetividade na análise da BRR. O Bulldozer foi um marco nessa mudança, eliminando discrepâncias e garantindo maior rastreabilidade dos valores homologados e dos trâmites regulatórios realizados. Mas, como Tomaselli destacou, esse foi apenas o primeiro passo.
Esse avanço exige um setor preparado para acompanhar a evolução. Algumas distribuidoras já superaram a fase de resistência às mudanças e estão se ajustando à nova realidade, enquanto outras ainda precisam percorrer um longo caminho de adaptação e resiliência. A capacitação das equipes de Gestão de Ativos e BRR será um fator determinante para o sucesso das concessionárias nessa transição. Isso significa investir não apenas em conhecimento técnico, mas também em equipes multidisciplinares, gestores com visão estratégica e novas formas de interpretar e responder às exigências regulatórias.
Outro ponto importante levantado na entrevista foi o impacto da inovação na fiscalização. As possibilidades tecnológicas são vastas, mas a grande questão não é apenas desenvolver novas ferramentas, e sim garantir que elas sejam integradas de forma simples e acessível a todos os agentes do setor. A inovação não pode acontecer a qualquer custo. Se for excessivamente complexa ou difícil de implementar, pode gerar novas barreiras ao invés de soluções. Encontrar um equilíbrio entre modernização e aplicabilidade prática será essencial para consolidar esse novo modelo regulatório.
Por fim, a evolução da fiscalização da BRR não pode ser analisada apenas sob a ótica da ANEEL ou das concessionárias. Esse é um processo que impacta todo o setor e, acima de tudo, se reflete diretamente nas tarifas e na qualidade do serviço prestado ao consumidor. Um modelo mais eficiente e transparente beneficia não apenas as empresas reguladas, mas toda a sociedade.
Áreas como CVA, P&D, Eficiência Energética e CCC serão as próximas a passarem por mudanças regulatórias. O setor está pronto para esse novo cenário? Como os profissionais de BRR podem liderar essa transformação e se preparar para essa nova fase? Essas são perguntas que ainda precisam ser debatidas e que certamente continuarão sendo pauta aqui no blog.
Agora me despeço e deixo aqui as perguntas para os colegas. Quero ouvir sua opinião:
Como você enxerga essa evolução da fiscalização regulatória?
Quais os próximos desafios para a BRR e para as distribuidoras?
Autor: Bruno S. Oliveira
Executivo em Base de Remuneração | Especialista em Geração de Ativos
O Brasil precisa ficar atento com a questão da política tarifária ao passo que grandes cargas estão sendo alvo de atração ao país. A atração de grandes consumidores como mineração, data centers, clusters industriais estão no centro da discussão. A consultoria PSR alerta que o exemplo dos Estados Unidos trouxe de volta ao centro da agenda o tema da tarifa. O país vê o aumento do consumo em função da digitalização e pela corrida global em torno da inteligência artificial.
> Saiba mais na matéria “PSR: política tarifária volta à agenda regulatória global”: https://bit.ly/47aWWtE
- LOTE 3 DO LEILÃO DOS SISTEMAS ISOLADOS (expansão)
A Aneel recebeu dois pedidos de impugnação contra o resultado do Lote 3 do leilão dos sistemas isolados. Os recursos apresentados pelas empresas Clean Energy Solutions e AMZ Energia alegam que a proposta do Consórcio IFX You.On, vencedor da disputa, é inexequível do ponto de vista técnico e econômico.
Leia mais em “Sistemas isolados: empresas recorrem de resultado do Lote 3, por “proposta inexequível”: https://bit.ly/47cbgC5
FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA VOLTS BY CANALENERGIA – 179ª EDIÇÃO DE 07/10/2025
7/10/2025
EXCLUSIVO
Se a pauta é razoavelmente complexa do ponto de vista técnico, a gente aqui na redação coloca o colega Henrique Faerman para destrinchar. Por isso, a reportagem especial do CanalEnergia desta semana foca as microredes. O tema vem ganhando espaço no setor elétrico por oferecer todas as principais vantagens perseguidas hoje em dia: maior autonomia, segurança e eficiência no uso da energia. São arranjos que, afinal, combinam geração local, armazenamento e controle inteligente, permitindo o funcionamento independente ou integrado à rede. O modelo tem se mostrado essencial em regiões isoladas, reduzindo o uso de diesel e melhorando a qualidade do fornecimento. Projetos conduzidos por distribuidoras como Cemig, Energisa e Neoenergia comprovam a viabilidade técnica e econômica. Em Serra da Saudade (MG), por exemplo, um sistema solar com baterias evitou altos custos de reforço da rede. Especialistas destacam ainda o potencial das microredes para mitigar cortes na geração renovável (curtailment) e integrar novas tecnologias como IA e IoT. Apesar dos avanços, persistem entraves econômicos e regulatórios, como o alto custo das baterias e a ausência de incentivos tarifários específicos. Ainda assim, o consenso é que as microrrede são um passo essencial para um sistema elétrico mais moderno e resiliente.
ECONOMIA
O curtailment segue persistentemente na liderança do trending topics do setor elétrico. Então, bora partir para as atualizações. Pois é, os cortes dispararam em setembro, batendo recorde histórico com 6.640 MW médios. Foi um volume 14% superior a agosto último, conforme dados da Volt Robotics. Essa “explosão” de cortes atingiu as fontes solar centralizadas (34,8% da produção) e eólica (22,9%). O ONS, por seu lado, espera apresentar uma solução em pouco menos de 30 dias. Diz que envolverá também a Aneel e a EPE. Enquanto isso, claro, os lamentos não param. A presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, torce por uma solução financeira para as perdas, que podem ultrapassar os R$ 5 bilhões estimados para o ano. Por outro lado, o senador Marcos Rogério defendeu na Comissão de Infraestrutura da Casa uma proposta que evite o repasse do custo do curtailment para o consumidor. Ele avisou que não quer nem ouvir falar de um “novo GSF”. Só que os agentes do mercado classificam a crise como mais grave que a do GSF. A cobrança pra cima da Aneel também é forte. A agência é vista como fiel da balança, capaz de endereçar uma solução regulatória.
CONSUMO E COMPORTAMENTO
É bom ir se preparando e botar fé de que a abertura geral do mercado livre de energia vai mesmo acontecer a partir de dezembro de 2026. Vale saber que o estado de São Paulo, pelas regras atuais de migração, lidera o movimento. De acordo com levantamento da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), a praça paulista segue na liderança. Foram registradas 4.129 novas transferências. Isso é o maior volume do país no 1º semestre, que bateu em 13,8 mil adesões ao ambiente de contratação livre. Ou seja, crescimento de 26% em relação ao mesmo período de 2024. Enquanto isso, os consumidores da baixa tensão – eu, você e quase todo mundo – vamos nos contentando com algumas novidades. O pessoal que é atendido pela EDP SP, por exemplo, já começou a receber suas faturas com um QR Code que dá acesso à nota fiscal eletrônica de energia elétrica. Em tempo de epidemia de fraudes, isso permite ao titular da ligação verificar a autenticidade da conta.
ANEEL – NOMEAÇÃO DE 20 ESPECIALISTAS EM REGULAÇÃO
Agora, um pequeno “refresco” para as equipes de profissionais Aneel que, há tempos, andam com a língua pra fora de tanta concentração de trabalho. O governo autorizou a nomeação de 20 especialistas em regulação, que não estavam previstos inicialmente no concurso público no ano passado. A autorização para a convocação dos novos servidores saiu na edição no Diário Oficial da União de 2 de outubro.
PANORAMA TRABALHISTA DA EPE
Longe de Brasília, no Rio de Janeiro, o panorama trabalhista na sede EPE está diferente. Após dois dias de paralisação, os funcionários decidiram entrar em greve prevista para durar entre hoje 7, e amanhã, 8 de outubro . O motivo é a perda salarial por conta de reajustes abaixo da inflação. Mas nem tudo está perdido. Havia possibilidade de uma nova rodada de negociações ainda na sexta-feira passada, dia 3. É uma conversa difícil, já que as perdas acumuladas desde maio de 2014, teriam chegado a 22,7%.
ENIGMA DE ANGRA 3
Tal qual uma esfinge, o enigma de Angra 3 é outro assunto que continua enguiçado no setor elétrico nacional. A definição sobre o futuro da usina foi mais uma vez postergada. O CNPE agora exige a atualização e complementação dos estudos de modelagem econômico-financeira. BNDES e Eletronuclear vão ter que detalhar o custo de abandono e ainda prever cenários do tipo envolvendo ou não um sócio privado. Essa falta de definição é motivo de apreensão entre os agentes do setor. É que a cada mês que a decisão atrasa, mais cara fica a tarifa. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que já se posicionou favoravelmente à continuidade, já pediu urgência na conclusão dos relatórios. Ele, aliás, põe fé de que a decisão final deva sair até o fim do ano. Desde claro que os novos estudos sejam apresentados em novembro. Para especialistas, desistir de Angra 3 causaria um retrocesso de pelo menos 20 anos na adoção de pequenos reatores no Brasil.
MEDIDA PROVISÓRIA 1304
A Medida Provisória 1304 expira dia 7 de novembro e parece que a sua tramitação corre o risco de repetir a taquicardia causada pela MP 1300, aprovada em cima do laço pelo Senado Federal. É que a comissão mista responsável pela matéria deve se reunir entre hoje, 7, e amanhã, 8 para começar a definir o plano de trabalho. Ah, sim! Também será necessário formalizar o senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator. Ou seja, restará apenas um mês de prazo para trabalhar em cima da reforma do setor elétrico, que, entre outros temas bem complexos, engloba a abertura de mercado e a limitação de subsídios. Entre as prioridades, ganham força ainda o tratamento do curtailment e a regulamentação do armazenamento de energia. Só esse último tema conta com 41 emendas. As associações mais diretamente interessadas, a propósito, ressaltam que, embora a Aneel atue no campo regulatório, apenas a lei pode conferir a segurança jurídica necessária. Isso porque para o desenvolvimento pleno desse segmento, é preciso abordar questões referentes a outorga, tarifas e financiamento. Em resumo, as expectativas são pra lá de altas em relação à atuação do Congresso.
Fonte: VOLTS BY CANALENERGIA – 179ª EDIÇÃO DE 07/10/2025
Os cortes de geração renovável, chamados também de curtailment, dispararam em setembro. Segundo dados atualizados da Volt Robotics, o montante alcançou 6.640 MW médios. Esse volume representa o recorde histórico medido pela consultoria, superando agosto de 2025 em 14% com 5.800 MW médios, até então, no topo dessa tabela negativa para geradores renováveis no país.
> Saiba mais na notícia “Curtailment em setembro avança e bate recorde”: https://bit.ly/3IwFlTJ
- CONCESSÃO DAS TRANSMISSORAS
As transmissoras querem incluir a alteração do prazo das novas concessões de transmissão de 30 para 40 anos, no texto final da Medida Provisória 1304. A justificativa para a proposta é que os prazos atuais de implantação de linhas são, em média, de cinco anos, e o período que sobra para exploração do empreendimento é insuficiente para amortizar e depreciar o investimento realizado.
> Continue a leitura na matéria “Transmissoras propõem ampliar prazo de concessões para 40 anos”: https://bit.ly/4nCx4N7
- RORAIMA ENERGIA (distribuição)
Mesmo sem concluir a compra da Amazonas Energia, a J&F quer ampliar sua atuação na distribuição. O alvo é a Roraima Energia, de propriedade da Oliveira Energia. Documentos que o CanalEnergia teve acesso mostram que o processo já começou. A solicitação já foi enviada ao Conselho Administrativo de Direito Econômico. As UTEs da Oliveira Distrito (21,69 MW), Floresta (85,99 MW), Monte Cristo Sucuba (155,34 MW) e Monte Cristo (42,25 MW), também vão para as mãos da J&F. Além do Cade, a Agência Nacional de Energia Elétrica também precisará aprovar a operação.
> Leia mais em “Grupo J&F encaminha compra da Roraima Energia”: https://bit.ly/4oaPDrL
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Soluções no Setor Elétrico
Nossa expertise no Setor Elétrico é resultado de diversos projetos executados por nossos profissionais em empresas de Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização.
Auditoria Externa
Nossa auditoria externa combina metodologia global, análise estratégica, expertise no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE) e foco em normas regulatórias. Oferecemos serviços especializados para geração, transmissão, distribuição e comercialização, com abordagem proativa e relatórios precisos, assegurando qualidade e satisfação aos nossos clientes.
Auditoria Interna
Nossa auditoria interna integra governança e inovação com soluções como outsourcing, criação de comitês e avaliação de riscos. Planejamos e executamos auditorias estratégicas alinhadas ao negócio, utilizando análise de dados e indicadores de desempenho. Reavaliamos estratégias continuamente, garantindo eficiência, valor e melhoria nos processos organizacionais.
Controle Patrimonial
Oferecemos soluções completas em controle patrimonial com inventários, laudos de avaliação, unitização de ativos e gestão de estoques. Nossa equipe multidisciplinar une expertise técnica, contábil e regulatória para atender concessionárias e permissionárias do Setor Elétrico, garantindo precisão, padronização e suporte estratégico em obras e fiscalizações.
Revisão de Processos
Nossa revisão de processos integra confiabilidade, eficiência e melhoria contínua. Abrangemos governança, gestão de riscos e compliance em todos os níveis, com respostas ágeis e custo-efetivo. Atualizamos normas, diagnosticamos falhas e aplicamos as melhores práticas, garantindo controles internos robustos e alinhados às necessidades estratégicas do negócio.
Gestão de Riscos e Controles Internos
Nossa gestão de riscos e controles internos utiliza metodologia COSO-ERM e profissionais certificados para consolidar a baseline de riscos e garantir conformidade com legislações como Sarbanes-Oxley. Atuamos com governança integrada, alinhando estratégias, processos e tecnologia para identificar, avaliar e gerenciar riscos de forma eficiente, promovendo segurança e desempenho organizacional.
Compliance
O processo de Recuperação Judicial é um meio legal para preservação de empresas que, comprovadamente, cumprirem com os requisitos legais, de forma a manter sua função social, estimular a atividade econômica e garantir o pagamento de credores.
Gestão de Contratos
Nossa gestão de contratos abrange diagnóstico completo, avaliação de riscos e identificação de melhorias. Com inventário detalhado, análise de processos e matriz de critérios, aprimoramos controles internos, normas e procedimentos. Utilizamos tecnologia para monitoramento, garantindo eficiência, compliance e suporte estratégico em contratos existentes e futuros.
Centro de Serviços Compartilhados
Nosso Centro de Serviços Compartilhados (CSC) integra equipes, analisa custos e identifica gargalos para propor soluções eficientes. Desenvolvemos planos de centralização personalizados, com cenários estratégicos e cronogramas detalhados. Garantimos execução ágil, acompanhamento contínuo e suporte completo, otimizando serviços e promovendo eficiência operacional.
Revisão Tarifária Periódica – RTP e Base de Remuneração Regulatória – BRR
Com expertise em Revisão Tarifária Periódica (RTP) e Base de Remuneração Regulatória (BRR), oferecemos diagnósticos precisos, mapeamento de riscos e assessoria técnica para validação e ajustes. Atuamos na adequação ao MCPSE e PRORET, suporte em fiscalizações, projeções tarifárias e avaliações patrimoniais, garantindo eficiência, compliance e maximização de retornos para nossos clientes.
CVA e Itens Financeiros / DCF
Gestão e auditoria de itens financeiros e tarifários no setor elétrico, incluindo CVA, DCF, CDE, CCC, PROINFA, encargos setoriais e tarifas de Itaipu e rede básica. Abrange descasamentos tarifários, penalidades, compensações, garantias financeiras, recalculo tarifário e suprimento, promovendo neutralidade e conformidade regulatória.
Auditoria e Assessoria para Obras de Geração, Transmissão e Distribuição
Auditoria e consultoria para obras de geração, transmissão e distribuição no setor elétrico, com equipe multidisciplinar. Atuamos no controle físico-financeiro, gerenciamento de riscos, verificação de requisitos, licenciamento ambiental, segurança, e atendimento legal. Presença em projetos de usinas, linhas e subestações, garantindo eficiência e conformidade.
Programas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PDI e Eficiência Energética – PEE
Auditoria e suporte em PDI e PEE, incluindo análise de contratos, notas fiscais, registros contábeis e limites de gastos. Atuação regulatória com revisão de dados enviados à ANEEL, controle financeiro, verificação de saldos e otimização de processos. Foco no cumprimento de obrigações, diagnósticos, indicadores e acompanhamento técnico, contábil e financeiro.
Assessoria especializada na preparação, revisão e auditoria de relatórios socioambientais, alinhados ao padrão GRI e exigências da ANEEL. Experiência com empresas do setor elétrico e suporte na implementação de controles internos, garantindo conformidade e dados completos para sustentabilidade e relato integrado.
Auditoria do Programa Luz Para Todos – PLPT e Programa Mais Luz para a Amazônia - PMLA
Auditoria independente dos Programas Luz Para Todos e Mais Luz para a Amazônia, com foco em conformidade aos manuais de operacionalização. Inclui análise de planilhas, contratos, notas fiscais e registros contábeis, revisão de processos e controle financeiro, garantindo transparência no repasse e aplicação de recursos e na execução de projetos técnicos.
Sistema de Inteligência Analítica do Setor Elétrico - SIASE
Apoio completo para garantir a integridade das informações no SIASE, com validação de dados conforme o Submódulo 10.6 do PRORET, verificação de consistência de descontos tarifários e alinhamento com normativos. Implementação de monitoramento contínuo e geração de relatórios para identificar e corrigir inconsistências de forma proativa.
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